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OPERAÇÃO SODOMA

HC de Rodrigo Barbosa já se encontra concluso para relator e decisão pode sair a qualquer instante

29 Abr 2016 - 08:15

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

HC de Rodrigo Barbosa já se encontra concluso para relator e decisão pode sair a qualquer instante
O habeas corpus impetrado pela defesa de Rodrigo da Cunha Barbosa, ex-secretário Geraldo PMDB, filho do ex-governador Silval Barbosa e preso pela “Operação Sodoma 3”, desencadeada nesta segunda-feira (25) já se encontra concluso para julgamento do relator, o desembargador Alberto Ferreira de Souza. A decisão pode sair a qualquer instante.


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Os autos do recurso, que está sendo apreciado na Segunda Câmara Criminal, encontram-se indisponíveis, uma vez que se encontra em segredo de justiça.

A defesa de Rodrigo Barbosa entrou com o pedido de liberdade ainda na noite de segunda-feira (25), quando foi preso pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).

Contexto:

De acordo com nota divulgada à imprensa, os advogados Valber Mello e Ulisses Rabaneda, “a decretação da prisão foi baseada exclusivamente no depoimento de um delator, que se contradiz com outro, é absurdamente temerário, especialmente se considerar que Rodrigo em nenhum momento interferiu de qualquer forma na colheita da prova”.

Rodrigo foi preso depois da delação premiada do ex-secretário de Administração Pedro Elias, para Delegacia Fazendária. As investigações da terceira fase da operação Sodoma revelam que Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador Silval Barbosa, recebeu propina de 85% do montante de R$ 510 mil pago pelo empresário Júlio Minori Tisuji, dono da empresa Web Tech Softwares e Serviços Ltda, que tinha contrato com o Estado.

A informação consta no depoimento do ex-secretário de administração, Pedro Elias Domingos de Mello, preso na terceira fase da Sodoma. O ex-secretário contou, em seu interrogatório, que recebeu propina do empresário em três oportunidades durante os anos de 2013 e 2014. Os valores foram pagos em parcelas, a primeira de R$ 180 mil, a segunda de R$ 170 mil, e a terceira de R$ 160 mil.

O ex-secretário disse que ficou com 15% do valor e 85% foram entregues pessoalmente ao investigado, Rodrigo Barbosa, em espécie, no apartamento dele, na região da Praça Popular, na capital. “Por isso teve a prisão decretada, por associação com a organização criminosa e participação na corrupção. Dinheiro que possivelmente seria repassado a Silval”, declarou o delegado da Defaz, Lindomar Tofoli.

Em outro trecho a defesa ratifica que “é importante destacar que o próprio colaborador Cesar Zilio afirmou expressamente desconhecer a participação de Rodrigo Barbosa nos fatos, o que coloca em xeque as conclusões precipitadas que foram tomadas. A defesa reafirma sua preocupação com a nova modalidade de prisão criada em Mato Grosso, a chamada "prisão delação", onde quem delata, mesmo sem provas e com todos os motivos para faltar com a verdade, alcança liberdade, enquanto quem se defende, fica preso.

Ainda conforme os advogados, “o reflexo dessa distorção será percebido muito em breve, de forma negativa”.
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