O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Guilherme Maluf (PSDB), foi surpreendido pela confissão do ex-parlamentar José Geraldo Riva, na noite da última sexta-feira, em um processo por desvio de R$ 9,6 milhões. Conforme exposto em juízo, um assessor de Maluf teria recebido irregularmente cerca de R$ 54 mil.

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Ciente da acusação, o atual líder da “Casa de Leis” prometeu apurar os fatos e, caso seja comprovada a participação, responsabilizar o nome “podre” do gabinete. “O presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Guilherme Maluf, informou que vai solicitar que sua assessoria jurídica acesse os autos do processo para saber qual o suposto assessor ligado ao seu gabinete teria envolvimento no caso em investigação, apurar e responsabilizar se for detectada a participação”, divulgou a assessoria de imprensa.

José Geraldo Riva confessou, durante interrogatório , ter participado de um esquema na Assembleia Legislativa de Mato Grosso para desviar cerca de R$ 9,6 milhões. Os fatos são investigados na Operação Ventríloquo e arrolam, além de Riva, o Advogado Julio Cesar Rodrigues, o ex-procurador Anderson Flavio de Godoi e Luiz Marcio Bastos Pommot.

Após chorar, Além de citar um assessor de Maluf, José Riva ainda fez referência à participação no esquema dos deputados Romoaldo Junior e Mauro Savi.

A Ventríloquo

Operação Ventríloquo foi desencadeada pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e teve início a partir da delação premiada do advogado Joaquim Miele, que representava o banco HSBC em uma demanda contra a Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

Segundo o MPE, o então presidente afastado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva, teria determinado o pagamento de uma dívida na integralidade de R$ 9,6 milhões, em face ao banco HSBC, relativa a débitos em atraso da contratação de seguros saúde para os servidores da Casa de Leis, desde que metade do montante fosse desviado.