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Sábado, 18 de maio de 2024

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Ler e se preparar para audiências eram principais atividades de José Riva no CCC

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Ler e se preparar para audiências eram principais atividades de José Riva no CCC
Ler e se preparar para as próprias audiências. Essas eram as principais atividades do ex-deputado estadual José Riva enquanto estava preso no Centro de Custódio da Capital (CCC), localizado no Bairro Carumbé.  Foram quase seis meses preso preventivamente por suposto envolvimento em esquemas de corrupção investigados pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).


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Nesse tempo, Riva conta ter feito seis resenhas de livro e estudado muito. Sempre se preparando para cada audiência. O resultado era que a cada nova ida até a 7ª Vara Criminal de Cuiabá, levava um calhamaço maior de documentos consigo mesmo, para invariavelmente enfrentar membros do Ministério Público e o juízo de Selma Rosane Santos Arruda, a qual já o chamou de “ícone da impunidade”, em despacho judicial.

“Muita leitura, muita reflexão e estudando bastante. Não tem muito o que fazer. Logicamente, tentando me preparar sempre para as audiências”, resumiu José Riva, sobre seu tempo preso no CCC, após uma audiência no Fórum de Cuiabá nesta sexta-feira (14).

No Centro de Custódia, ele dividia cela com o ex-secretário de Estado Marcel de Cursi, que está preso por supostamente ser peça chave em uma quadrilha chefiada pelo ex-governador Silval Barbosa para extorquir empresários e desviar verbas públicas.

Com o colega de cela, José Riva afirma que evitava ao máximo falar sobre as questões judiciais. “tentava ocupar a ideia”, explicou, conversando sobre questões de economia, sobre Mato Grosso. “Escrevi seis resenhas lá. O intuito era mais ocupar o tempo”, explicou.

Arca de Noé

O ex-deputado estadual José Riva esteve no Fórum de Cuiabá para participar de mais uma audiência referente a Operação Arca de Noé, referente a suposto desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa entre 2000 e 2002, quando ele era primeiro secretário e Humberto Bosaipo presidente da Mesa Diretora.

Nesse caso, o Ministério Público acusa Riva de ter criado uma empresa para fingir a venda de equipamentos para a TV Assembleia, então recém criada, e despachar cheques que seriam descontados na factoring Confiança, propriedade de João Arcanjo Ribeiro, homem então chamado de chefe do crime organizado em Mato Grosso.

“Estamos provando no processo que não houve isso. Já fiz uma demonstração de que houvesse o desvio referido, a Assembleia não funcionaria naquele período. Se não me engano, tínhamos R$ 75 milhões para o custei de um período e a alegação é de um desvio de R$ 65 milhões. A Assembleia não funcionaria de forma alguma”, pontuou. 
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