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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Defesa de José Riva entra com HC para retirada de tornozeleira eletrônica; pedido pode ser analisado hoje

14 Abr 2016 - 09:47

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Riva em entrevista ao OJ, ao lado de seu advogado, Mario de Sá

Riva em entrevista ao OJ, ao lado de seu advogado, Mario de Sá

Há menos de três dias cumprindo medida cautelar em liberdade, a defesa do ex-deputado José Geraldo Riva protocolizou no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), na última quarta-feira (13), recurso pela retirada da tornozeleira eletrônica e pela revogação das medidas restritivas impostas pela juíza Renata do Carmo Evaristo. O HC foi assinado pelo advogado Mario de Sá, que acompanhou Riva em sua soltura do Centro de Custódia da Capital (CCC), na última sexta-feira (08). Riva é acusado em inúmeras operações policiais, dentre elas a “Metástase”, que lhe aponta como responsável por um esquema que teria movimentado cerca de R$ 2 milhões e que resultou em sua prisão preventiva, expedida em 13 de outubro de 2015.


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Na manhã desta quinta-feira (14), ao Olhar Jurídico o advogado Mario de Sá explicou que o pedido já se encontra nas mãos do desembargador Juvenal Pereira da Silva. “Espero que hoje (14) se examine pelo menos o pedido preliminar”, adiantou Sá. Ainda, esclarece que o recurso foi baseado no argumento de que José Riva sofre (ou poderá sofrer) “constrangimento” ao apresentar-se com tornozeleira eletrônica. Ainda, que houve um “excesso de rigor” por parte da juíza, Renata do Carmo. “Há um constrangimento e um excesso de rigor em razão de que Riva nunca descumpriu uma medida cautelar e, portanto, não apresenta nenhum risco de fugir da cidade ou algo do tipo”, avaliou Sá. E concluiu: “Só nos resta aguardar”.

O recurso contraria o que havia sido dito por Riva ao sair do Fórum da Capital na última segunda-feira (11), já com a tornozeleira. Para ele, a imposição da medida era “tranquila”, chegando a ver ponto positivo no uso. “Acho que é um procedimento que até, de certa forma, é bom para mim, porque pelo menos não tem o ‘diz que diz que’, não é? Você vai estar sendo acompanhado e eles vão saber meus passos”, disse Riva.

O recurso contraria, entretanto, o que havia sido dito por Riva ao sair do Fórum da Capital na última segunda-feira (11), já com a tornozeleira. Para ele, a imposição da medida era “tranquila”, chegando a ver ponto positivo no uso. “Acho que é um procedimento que até, de certa forma, é bom para mim, porque pelo menos não tem o ‘diz que diz que’, não é? Você vai estar sendo acompanhado e eles vão saber meus passos”, disse Riva.

Além do objeto eletrônico no tornozelo, Riva submeteu-se a outras medidas impostas pela juíza plantonista, tais como o comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades, a proibição de acesso e comparecimento à Assembleia Legislativa, a proibição de ausentar-se da comarca sem prévia autorização do juízo e o recolhimento em domicílio durante as noites, fins de semana e feriados e por fim, a entrega do passaporte e a comunicação às fronteiras e às embaixadas dos países do Mercosul sobre a proibição de Riva deixar o país.

Riva foi solto por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, depois de mais de seis meses em prisão preventiva. O ex-deputado foi preso durante a “Operação Célula Mãe”, um desdobramento da “Metástase”, acusado de desvio da verba de suprimento da Assembleia Legislativa (AL), em um esquema que teria movimentado mais de R$ 2 milhões.

O ex-deputado será ouvido no Fórum da Capital a partir das 13h, pelas operações "Ventríloquo" e "Arca de Noé". 
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