O magistrado Marcos Faleiros da Silva, da Décima Vara Criminal de Cuiabá, concedeu liberdade aos jornalistas Max Feitosa Milas e Antonio Carlos Milas de Oliveira, acusados de praticar extorsão contra autoridades públicas, empresários e pessoas físicas com alto poder aquisitivo. A decisão foi proferida durante audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (17).

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Para a revogação da prisão, Faleiros determinou que os acusados sujeitem-se ao compromisso de comparecer a todos os atos do processo e não mudar de endereço sem prévia autorização do juízo. “Após cientificado das obrigações impostas, pelo autuado, foi dito estar ciente das consequências do não atendimento das exigências legais, comprometendo-se a comparecer em Juízo, ou fora dele, sempre que intimado”, afirmou o magistrado.

As prisões

De acordo com a Polícia Civil, as prisões foram efetuadas na operação denominada "Liberdade de Extorsão". No total, cinco pessoas do Grupo "Milas Comunicação", que administram os veículos de comunicação Centro Oeste Popular, Notícias Max e Brasil Notícias, foram detidos, no dia 12 de fevereiro. São eles, além de Antônio Carlos e Max Feitosa: Maycon Feitosa Milas, Naedson Martins da Silva e Antônio Peres Pacheco.

O delegado da Fazendária, Anderson Veiga, informou que todos os cincos estão envolvidos em coação e extorsão de pessoas, principalmente agentes políticos importantes, empresários com contratos no poder público, os quais foram obrigados a pagar quantias vultosas, entre R$ 100 a 300 mil, para não terem informações divulgadas nos veículos sobre supostas irregularidades em contratos administrativos, corrupção ativa e passiva, entre outras negociatas.

O grupo vinha agindo há vários anos. "O valor é variável, dependendo da capacidade econômica de cada vítima", disse o delegado.

A assessoria da Polícia Civil confirmou nesta manhã, 17, que o jornalista Antônio Peres Pacheco e o auditor fiscal da Prefeitura de Cuiabá, Walmir Corrêa, foram liberados. Ambos estavam com mandado de prisão temporária (cinco dias) e foram liberados após prestar depoimento.