O cartola da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Carlos Orine, tem o prazo de 10 dias para prestar esclarecimentos ao Ministério Público Estadual (MPE) sobre contratos firmados pela Federação, principalmente a venda do Estádio Presidente Eurico Gaspar Dutra (o Dutrinha), em 2011, à Prefeitura de Cuiabá, por R$ 3,5 milhões.

O promotor de Justiça do Núcleo de Defesa da Cidadania e do Consumidor, Ezequiel Borges de Campos, oficiou o cartola após ter sido provocado por meio de denúncia proposta pelo torcedor do Cuiabá Esporte Clube, Ronicley dos Santos.

O torcedor encaminhou ao MP um dossiê com mais de 20 laudas relatando possíveis irregularidades nas transações da Federação. A denúncia aponta como o principal problema na gestão de Orione a falta de transparência nas ações frente da Federação. 

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Antes do início do Campeonato Mato-grossense de Futebol os presidentes de Cuiabá, Cacerense, Luverdense, Mato Grosso, Mixto e União já haviam feito solicitações à Federação por uma série de itens, sob o argumento de falta de transparência.

Entre as solicitações do Ministério Público estão pedidos por detalhes do contrato firmado para a transmissão de jogos do Campeonato Mato-Grossense e também por detalhes sobre o vínculo com a Chevrolet, patrocinadora da competição.

Caso haja indícios concretos de atos ilícitos, a Procuradoria vai instaurar um procedimento contra a FMF e seu cartola. Orione está a frente da Federação Mato-Grossense de Futebol há mais de 30 anos, quando tomou posse em 1979 e até hoje não foi substituído.

A reportagem apurou que Orione está de licença médica por 30 dias, fato que deve atrapalhar a apuração do MP. A assessoria de imprensa foi procurada, mas não se manifestou até a liberação desta matéria.

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