Olhar Jurídico

Quarta-feira, 01 de maio de 2024

Notícias | Criminal

Crime Brutal

Defesa tenta provar que paraguaio que matou advogada a facadas é louco; processo está suspenso

Foto: Arquivo Pessoal

O assassinato da advogada Alessandra gerou revolta em Primavera

O assassinato da advogada Alessandra gerou revolta em Primavera

O processo que apura o roubo, seguido de morte da advogada Alessandra Martignago, assassinada aos 30 anos, no dia 29 de março de 2013, em sua casa no município de Primavera do Leste (231 km de Cuiabá), está suspenso por determinação do juízo da Vara Criminal Única daquela comarca.

O processo corre em segredo de Justiça desde julho do ano passado, mas a reportagem apurou que a suspensão foi motivada após impugnação de um laudo pericial que atesta que o paraguaio, Cristiano Inácio da Silva, réu confesso do crime, não possui insanidade mental. Ele está preso na Penitenciária da Mata Grande, localizada em Rondonópolis.

Conforme apurado pelo Olhar Jurídico, a defesa do acusado, provida por um defensor público, impugnou o laudo feito por um médico perito de Rondonópolis (210 km de Cuiabá). No documento ficou atestado que Cristiano não possui problemas mentais.

Cidade em que advogada foi morta é uma das mais violentas do país; poder público intensifica pacificação
Polícia descarta violência sexual contra advogada encontrada morta em casa

A defesa impugnou o laudo alegando que necessita de esclarecimentos maiores que devem ser prestados pelo perito. Na semana passada, a Vara Criminal de Primavera do Leste expediu carta precatória para que o perito se manifeste. Até o momento a carta ainda não foi respondida.

O laudo pericial foi requerido pelo Ministério Público Estadual (MPE) ao oferecer a denúncia pelos crimes de latrocínio – roubo seguido de morte- e furto. De acordo com as informações da denúncia, a jovem foi degolada por Cristiano com uma faca de cozinha, ele teria entrado na casa para roubar e foi surpreendido pela advogada.

Caso o teor do laudo seja mantido, Cristiano será julgado pelos crimes de latrocínio – pena de 20 a 30 de prisão- e furto – pena de reclusão de quatro a dez anos.

A reportagem apurou ainda que, mesmo sendo considerado insano pelo laudo pericial, Cristiano poderá ser condenado pelos mesmos crimes em uma sentença imprópria, que pode determinar o cumprimento de medidas de segurança, como a detenção em manicômios judiciais.

O crime

Segundo o MP, a vítima estava sozinha quando o réu pulou o muro, invadiu a casa e a matou. Depois, o suspeito fugiu no carro da vítima.

Após uma perseguição policial, Cristiano foi atingido por disparos feitos pelos policiais. Com ele, estava a bolsa de Alessandra, com R$ 5 mil em dinheiro, documentos e objetos que ele havia furtado da casa dela dias atrás. 

Ele foi levado ao hospital depois de bater o carro da vítima. O réu ficou internado por mais de uma semana e logo que
 teve alta hospitalar foi encaminhado pela Penitenciária da Mata Grande, onde está preso até hoje.

Cristiano trabalhava em uma chácara perto da cidade. A ex-mulher dele já havia trabalhado na casa de Alessandra. A Polícia Civil chegou a levantar a suspeita de que o servente estava obcecado pela vítima.

O caso causou grande repercussão e comoção social, tendo inclusive motivado protestos nas ruas da cidade de Primavera do Leste pedindo por mais segurança.

Leia outras notícias do Olhar Jurídico
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet