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Sábado, 18 de maio de 2024

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Fórum expõe artesanato feito por presos

Pela primeira vez o Fórum da Comarca de Campo Novo do Parecis (396 km a noroeste de Cuiabá) está expondo trabalhos artesanais produzidos pelos reeducandos que cumprem pena na cadeia pública do município. A unidade prisional também recebe condenados das comarcas de Brasnorte e Sapezal. A exposição no fórum, que continua por todo o mês de dezembro, foi a forma encontrada pelo juiz da Vara de Execuções Penais, Alexandre Delicato Pampado, de incentivar ainda mais essa atividade, que além de reduzir o tempo de prisão ainda gera uma renda extra para os presos e seus familiares.


Todas as peças são confeccionadas com materiais que seriam descartados, mas a matéria prima mais utilizada é a madeira, de palitos de picolé a peças maiores. Os produtos são bem variados, vão de peças de decoração para a casa, como mesas, cadeiras, bancos, baús, suportes para vasos até brinquedos. Todo o material é doado. Por isso, quem quiser contribuir pode se dirigir à Cadeia Pública de Campo Novo do Parecis, localizada na avenida Porto Velho, nº 115-NE, Centro, das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, e falar com o agente prisional Fábio.

De acordo com o magistrado, o trabalho realizado pela marcenaria da cadeia já é conhecido da população e normalmente os trabalhos são expostos na frente da unidade prisional, onde são comercializados. Os agentes funcionam como intermediários. Além de contribuir para a ressocialização do preso, a atividade aproxima a comunidade do sistema prisional e das pessoas que o compõem. Também permite que o reeducando, ao ganhar a liberdade, possa exercer uma atividade remunerada e honesta.

Os benefícios não param por aí. Segundo o magistrado, a cadeia possui hoje 164 presos em regime fechado e apenas 14, por terem bom comportamento e serem considerados de menor periculosidade, trabalham na marcenaria. Com isso, conseguem ter mais liberdade na unidade prisional. A situação privilegiada faz com que os outros presos, para obter o mesmo benefício, tenham um bom comportamento em tempo integral. “Funciona também como uma pacificação na cadeia”, destaca o magistrado.

De acordo com a Lei de Execuções Penais (LEP), três dias de trabalho reduzem um dia na pena efetivamente cumprida.
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