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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Morte lucrativa

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Assim como em Cuiabá, praticamente em todas as cidades brasileiras a lei de licitações é enterrada a sete palmos. Ocorre que os serviços fúnebres são monopolizados por uma ou duas empresas que há anos enraizaram e prestam tal serviço como bem entendem, dessa afirmação é possível concluir que a morte é lucrativa.

Inerte é o Ministério Público que como fiscal da lei, teria o dever legar de fiscalizar tal prática, porém nada o faz. Assim como no exemplo citado, outras práticas monopolizadas também são desrespeitadas pelos municípios como por exemplo o péssimo transporte público prestado a população.

Incompreensível que em pleno 2013, diante de tantas cobranças e manifestações que tais práticas ainda assombram o presente cenário sombrio, alias, parece-me ainda coisa do além, sem explicação, melhor dizendo sem fiscalização.

Será tais empresas uma “sui generis”, aquele mesmo instituto que a OAB se revestiu para sair da fiscalização do Ministério Público e do Tribunal de Contas? Morrer hoje em Cuiabá gira em torno de R$ 1 mil reais “serviço básico - urna”, ou seja, lucro na certa. Para o ente querido não resta outra alternativa a não ser enterrar o de cujos, assim não seria opção e sim uma obrigação em pagar tal valor.

Infelizmente tal prática ainda sobrepõe o poder público e às leis do nosso país, ao citar o Ministério Público é de forma proposital, pois não se pode aqui sequer falar da Câmara Municipal de Cuiabá, esta se objetiva em legislar apenas por interesses meramente particulares “interno” e não em pró do povo.

Sendo assim, já separe os seus R$ 1 mil e garanta a sua morte digna em uma das empresas que monopolizam os serviços fúnebres. Pois como a morte não tem opção, na hora do enterro o mesmo não terá!

Elvis Crey Arruda de Oliveira – Estudante de direito UNIC e servidor público.

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