Olhar Jurídico

Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Artigos

Demanda Efetiva II

Autor: Aurelino Levy Dias e Ernani Lúcio Pinto de Souza

12 Jun 2013 - 14:47

Em último artigo, recém publicado e intitulado Demanda Efetiva I, assumimos o compromisso de apresentar a importância do princípio da demanda efetiva e demanda agregada para superação da crise de 1930.

Nesse sentido, há que se dizer, que a crise econômica se manifesta de duas maneiras: crise recessiva e crise depressiva.

Numa recessão, normalmente decorrente da fase declinante do ciclo econômico, o nível das atividades econômicas reduzem, apresentando capacidade ociosa dentro dos limites da referida recessão; por outro lado, numa depressão, como a de 1930, os níveis de atividades econômicas reduzem e chegam a paralisar em muitos setores, pois, a capacidade ociosa é exagerada e descontrolada, levando a uma quebradeira generalizada de firmas,e, consequentemente, causadora de desemprego e redução dos níveis de preço.

Em último artigo, recém publicado e intitulado Demanda Efetiva I, assumimos o compromisso de apresentar a importância do princípio da demanda efetiva e demanda agregada para superação da crise de 1930.

Nesse sentido, há que se dizer, que a crise econômica se manifesta de duas maneiras: crise recessiva e crise depressiva.

Numa recessão, normalmente decorrente da fase declinante do ciclo econômico, o nível das atividades econômicas reduzem, apresentando capacidade ociosa dentro dos limites da referida recessão; por outro lado, numa depressão, como a de 1930, os níveis de atividades econômicas reduzem e chegam a paralisar em muitos setores, pois, a capacidade ociosa é exagerada e descontrolada, levando a uma quebradeira generalizada de firmas,e, consequentemente, causadora de desemprego e redução dos níveis de preço.

Nesse ambiente de caos econômico, os governos procuraram agir com as políticas que ficaram conhecidas como políticas anticíclicas. Foi assim nos EUA com o New Deal (Novo Acordo); na Europa com a Nova Política Econômica; e, no Brasil, com a Política de Proteção dos Preços do Café.

Como toda boa teoria é aquela baseada e criada a partir da prática pensada e refinada, Keynes percebeu a importância da demanda efetiva, grosso modo, consumo dos assalariados e dos capitalistas adicionado aos investimentos, porém, esta, atolada em uma grave crise, ele ponderou a relevância, também, da demanda agregada resultante das políticas anticíclicas.
Significa dizer que os gastos do governo, principalmente, iriam somar-se a demanda efetiva, estimulando-a, e, assim, contribuir na superação da crise (do desemprego e da depressão).

Não foi em vão que ele sugeriu, também, que para aquelas pessoas que estivessem desempregada, o governo as contratassem para enterrar e desenterrar garrafas, e, dessa maneira, gerar renda, jamais produtos, isso é coisa para demanda efetiva.

Foram, exatamente, essas ações continuadas e exageradas pelos governos intervencionistas, que confundindo e interpretando mal as recomendações keynesianas, provocaram uma grande distorção e desvios junto a normalidade das economias pós-crises financeiras.

É recomendável não confundir crises cíclicas com crises financeiras. Para as primeiras, políticas anticíclicas (monetárias, fiscais e cambial-aduaneiras) sem dúvida; para as segundas, regulação sem asfixia, principalmente, do setor produtivo.

Sendo assim, na crise atual, esta, que foi provocada por uma crise bancária-financeira, de nada adiantará entupir a economia de política anticíclica, exclusivamente, não sendo em vão mencionar que a crise nos EUA e na Europa se arrasta desde 2008, propagando pelo resto do mundo, inclusive, aqui no Brasil, que tem seu PIB afetado, em grande parte, por falta de demanda externa (exportações e importações), aliás, um outro componente agregado da demanda efetiva.

Todavia, insistimos em dizer, pensar que Estado tenha que liderar o processo de crescimento é um erro crasso e causador de mais crise no futuro, gestando e gerando mais incerteza, desestímulo ao investimento produtivo, redução da demanda efetiva, inflação, limitação do emprego, etc., e o Estado termina por não cumprir suas funções típicas de promotor das infra-estruturas econômica, básica e social.

Não confundir demanda efetiva agregada (Keynes) com desigualdades sociais (Marx).

Demanda Efetiva I

Aurelino Levy Dias de Campos é economista do IBGE, doutorando da UNR-Argentina, professor da Unic e presidente do Corecon-Mt.

Ernani Lúcio Pinto de Souza é economista do NIEPE/UFMT, ms. em planejamento do desenvolvimento pela Anpec/Ufpa, vice-presidente do Corecon-Mt e conselheiro do Codir/Fiemt.

Comentários no Facebook

Sitevip Internet