Imprimir

Notícias / Criminal

Juiz cancela julgamento de índio após descobrir que réu já havia morrido

De Barra do Garças - Ronaldo Couto

Um julgamento de homicídio, que estava na pauta do Júri Popular de Barra do Garças (503 km de Cuiabá), foi cancelado depois do juiz ser informado que o réu já tinha morrido. O índio bororo José Roberto Rondon Aruewabo foi acusado de assassinar o também bororo, Alberto Rondon Aruewabo, no ano de 1997.

O crime envolvendo os indígenas aconteceu na aldeia Meruri, localizada a cerca de 113 km de Barra do Garças.

Desembargador vota pelo recebimento de denúncia e pede sindicância contra juiz

Juiz pede reforma emergencial para restabelecer funcionamento de cadeia

O Judiciário só tomou conhecimento da morte do réu na semana passada, por intermédio de funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai), quando oficiais de Justiça foram intimar o réu.

O juiz da 1ª Vara Criminal de Barra do Garças, Bruno D’Oliveira Marques, foi informado da morte de José Roberto na segunda-feira (29) e determinou o cancelamento do julgamento.

A pauta do Tribunal do Júri de Barra do Garças de 2013 inicia em 8 de maio e terá dez julgamentos. O horário de início dos julgamentos é às 8 horas

Novo auditório

Bruno D’Oliveira destacou que em 60 anos de comarca, será a primeira vez que o Júri Popular será realizado no espaço do Fórum onde foi construído um auditório.

“O Júri Popular é o segundo ápice da democracia, pois o primeiro é a eleição de governantes através do voto direto e o segundo é o Júri onde o povo julga os criminosos”, acrescentou Bruno. O magistrado aproveitou para convidar a população de um modo geral para acompanhar os julgamentos principalmente os apaixonados pelo direito, estudantes, advogados e a imprensa.

Imprimir