A defesa de Sebastião Lauze Queiroz de Amorim, conhecido como “Dandão”, alegou que o cliente não descumpriu nenhuma medida protetiva e que não pode perder o benefício da prisão domiciliar, já que sofre de grave doença cardíaca e os presídios de Cuiabá não possuem estrutura adequada para atender reeducandos em tal condição de saúde.
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Segundo a manifestação, a revogação da domiciliar ocorreu após Dandão ser abordado por uma equipe da Polícia Militar quando retornava do velório do irmão, João Bosco Queiroz de Amorim, morto em confronto com policiais civis durante a Operação Ludus Sordidus.
O advogado afirmou que o acusado vinha cumprindo todas as medidas impostas, como não violar o uso da tornozeleira eletrônica, respeitar ordens judiciais e comparecer espontaneamente à audiência para instalação do equipamento, mesmo que a data estivesse prevista para dias depois.
A defesa destacou ainda que Sebastião é portador de cardiopatia grave, com obstrução de 99% da artéria descendente anterior, disfunção ventricular e fração de ejeção reduzida. Essa condição exige cuidados constantes, como repouso e alimentação controlada.
Diante disso, o advogado reforçou que o cumprimento da pena em qualquer presídio do estado colocaria a vida do réu em risco, já que as unidades prisionais de Cuiabá e Várzea Grande não teriam estrutura para atender pacientes com essa comorbidade.
Por fim, a defesa lembrou que Sebastião tem uma consulta médica agendada para o dia 11, quando seu estado de saúde será novamente avaliado.
Ele já havia sido preso em agosto, durante a Operação Ludus Sordidus, que desmantelou a organização criminosa, resultando também na prisão de familiares e amigos do investigado. Na mesma operação, o irmão de Dandão, João Bosco Queiroz de Amorim, morreu em confronto com policiais civis durante o cumprimento de mandado.
Além dos crimes de lavagem de dinheiro, o suspeito é apontado como um dos donos de dois sites de apostas ilegais, nos quais recebia cerca de 10% do lucro.
Na época da primeira prisão, ele foi solto em audiência de custódia. O juiz responsável considerou seu estado de saúde debilitado, devido a problemas cardíacos, o que, segundo a decisão, inviabilizaria o tratamento dentro do presídio. Ele chegou a receber autorização para comparecer ao velório do irmão, mesmo estando monitorado por tornozeleira eletrônica.