O Tribunal de Justiça (TJMT) ordenou a perda do posto e da patente, com a consequente exclusão de Yara Corrêa dos Santos do cargo de tenente do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso. Em julgamento realizado na última quinta-feira (21), os magistrados da Turma de Câmara Criminais Reunidas seguiram o voto do relator, desembargador Jones Gattass Dias, e acataram representação do Governo do Estado. 

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Yara é acusada de, paralelamente ao oficialato, prestar serviço de assessoria particular a empresários em troca de dinheiro. Segundo os autos, ela facilitou a liberação de licenças de segurança contra incêndios ao Malai Manso Resort em detrimento de outras empresas. 

As acusações, classificadas pela Turma Julgadora como graves, apontaram que Yara atuava como consultora remunerada para empresas enquanto ocupava cargos internos de análise de segurança contra incêndio e pânico, dando tratamento preferencial a certos processos e cobrando taxas abaixo do legalmente exigido. O caso mais emblemático é o do Malai. 

Após um inquérito policial e um processo administrativo disciplinar militar, o conselho de justificação a considerou culpada de conduta incompatível com o oficialato, recomendando sua exclusão. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso, por unanimidade, ratificou essa decisão, removendo-a definitivamente da corporação devido à incompatibilidade de suas ações com os princípios éticos e morais militares, acatando pedido da Procuradoria-Geral do Estado, que representa o Governo.

A defesa tentou argumentar nulidades processuais e a inocência da tenente diante dos seus bons predicados e histórico ilibado na carreira militar, ou, subsidiariamente, sua permanência na corporação com reforma proporcional - o que foi negado.