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Notícias / Criminal

Recicladora que participou de latrocínio de comerciante na capital tem pena de 22 anos mantida pelo STJ

Da Redação - Pedro Coutinho

O ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou habeas corpus e manteve Débora Procópio Alvarenga condenada a 22 anos pela participação no latrocínio (roubo seguido de morte) que ceifou a vida do comerciante Zildo Marques Damasceno, em abril de 2015, na capital. Decisão é desta segunda-feira (16).

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Inconformada com a sentença, Débora apelou no STJ alegando que ela deveria ser absolvida por ausência de provas, uma vez que as imputações estariam amparadas em depoimentos contraditórios.

Dantas anotou, porém, que habeas corpus não serve para buscar absolvição de réu, tampouco para alterar classificação de crime em razão de conclusões acerca do contexto fático, uma vez que não cabe, neste tipo de recurso, reexaminar conjunto de provas. Com isso, negou o pedido e manteve a condenação da ré.

O crime aconteceu no dia 23 de abril de 2015, no bairro Parque Cuiabá, capital, quando Zildo pedia ajuda para vizinhos. Neste momento, ele foi morto por um grupo de cinco criminosos.

Na noite da ação, o suspeito Carlos Alexandre Costa Ferreira, na companhia de um adolescente, ambos armados, e das duas mulheres renderam o filho da vítima quando ele entrava com o carro na garagem da casa.

Em seguida, Zildo, a esposa e outros dois filhos, que estavam no interior da casa, foram rendidos pela quadrilha, que passou a vasculhar o imóvel a procura de joias, dinheiro e objetos de valor.  

Os bandidos pegaram aparelhos eletrônicos e colocaram no carro do filho de Zildo, mas, na hora de fugir, não encontraram a chave do veículo. Eles começaram a ficar nervosos e um dos dois filhos do comerciante entrou em luta corporal com Carlos Alexandre, que deixou a arma cair ao chão.

Informações preliminares indicavam que o menor teria ido em direção e efetuado disparos atingindo a vítima no peito e no queixo. Mas a mulher também atirou, e seria da arma dela, um dos tiros que matou o comerciante, que mesmo ferido foi até a rua pedir socorro, mas não resistiu aos ferimentos e morreu do lado de fora da casa.  

As duas mulheres foram identificadas pela Polícia Civil como Renata Patielly da Silva Ribeiro, 20, e Débora Procópio Alvarenga, 22, foram presas um dia depois do crime, em uma casa alugada pela quadrilha, no bairro Pedra 90. As investigações apontam que os cinco envolvidos estavam morando nesse local.

Na data do crime, durante uma troca de tiros com a Polícia, Carlos Alexandre Costa Ferreira, 19 anos, foi preso após ser baleado no abdômen. Segundo as investigações, a suspeita Renata Patielly da Silva Ribeiro seria a autora dos disparos que vitimou o morador. Em declarações oficiais, ela nega a autoria dos disparos e aponta o adolescente como responsável.  No entanto, os depoimentos indicam que foi ela quem atirou na vítima Zildo.
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