Residente no Assentamento Antônio Conselheiro, Agrovila 7, em Tangará da Serra, Calone Natália Guimarães Malinski, ré pelos atos golpistas do 8 de Janeiro, teve a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por violar sua tornozeleira eletrônica. Moraes também mandou bloquear suas contas bancárias. Decisão é do último dia 24 de junho.
Leia mais:
Réus no 8 de Janeiro, mais dois bolsonaristas voltam à cadeia por violação da tornozeleira eletrônica
Calone foi presa em flagrante no dia 9 de janeiro, no acampamento instalado por golpistas no Quartel General de Brasília.
Ela é ré no âmbito da ação penal do Inquérito 4.921, que investiga autores intelectuais e instigadores dos atos antidemocráticos, referente aos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.
No dia 27 de fevereiro de 2023, Moraes lhe concedeu a liberdade provisória mediante o cumprimento de medidas cautelares, como a tornozeleira, proibição de usar as redes sociais e manter contato com os demais investigados, suspensão de quaisquer documentos relacionados à arma de fogo e cancelamento dos seus passaportes.
Em caso de descumprimento de tais cautelares, o ministro já havia ordenado que a prisão preventiva seria decretada. E foi o que ocorreu: após a concessão de liberdade, ela violou o monitoramento.
Em resposta à oficio do STF, a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT), comunicou o descumprimento das cautelares, informando que, desde 31 de maio de 2023, Calone desativou sua tornozeleira.
Diante da insistência da ré em desrespeitar as medidas impostas, revelando o desprezo pelas ordens do STF e do Judiciário, Moraes resolveu mandar Calone de volta para a cadeia, decretando sua prisão preventiva.
O ministro também mandou bloquear, imediatamente, as contas bancárias, ativos financeiros, bens móveis e imóveis, a fim de garantir o seguro cumprimento das medidas.