Antônio Gomes da Silva e Hedilerson Fialho Martins Barbosa, acusados de participação direta na execução do advogado Roberto Zampieri, apresentaram resposta à acusação, nesta segunda-feira (24), afirmando que “ambos os réus não concordam e refutam a peça acusatória”.
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Preliminarmente, defesa argumenta que as extrações do telefone de Antônio Gomes da Silva restam incompletas, pairando dúvidas ante a “confiabilidade” das referidas extrações, bem como a falta da integralidade caracteriza a indisponibilidade das provas.
Advogados apontam ainda que quando de seus interrogatórios na comarca de Cuiabá, na data de 23 de dezembro de 2023, a Autoridade Policial não informou aos réus o direito constitucional de ficar em silêncio.
Também de forma preliminar, defesa aponta falta de acesso à extração de dados de telefone, na sua totalidade, da vítima Roberto Zampieri. Ainda, falta de acesso a inquérito policial que tem como foco Anibal Manoel Laurindo, suposto mandante.
Assim, advogados requereram o aporte e, consequentemente, quando do encarte das provas, seja determinada nova citação para complementação da defesa prévia. Requereram ainda nulidade pelo fato da não advertência do direito ao silêncio, revogando as prisões de Antônio Gomes da Silva e Hedilerson Fialho Martins Barbosa.
“Sem o pleno conhecimento de todas as provas que foram produzidas no caderno inquisitorial, eis que usados como suporte na peça catilinária, requer o reconhecimento de cerceamento de defesa”, argumentam os advogados.
Advogados pediram também a revogação de multa de multa anteriormente imposta por “constituir ato atentatório à dignidade da justiça”.
O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com disparos de arma de fogo, em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, próximo ao escritório dele. Conforme a denúncia, Antonio Gomes da Silva, utilizando-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, auxiliado por Hedilerson Fialho Martins Barbosa, agindo ambos mediante paga e promessa de recompensa, efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima.