O policial militar Leonardo Qualio, alvo de processo proveniente da Operação Gravatas, por suposta atuação em conjunto com a facção Comando Vermelho, apresentou lista de três testemunhas de defesa. Dois dos nomes arrolados também são militares. Na mesma peça em que apresenta os nomes, Qualio requer que o processo entre em segredo de Justiça.
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“Vale frisar, de que, a ação principal, qual originou-se o desmembramento da presente ação, encontra-se sob segredo de justiça, devido a necessidade que caso e os fatos requerem. Neste caso, requeremos a reinserção de segredo de justiça na presente ação, para não haver nenhum prejuízo as partes”, pediu defesa.
Qualio foi alvo da Operação Gravatas. Investigação da Delegacia de Tapurah apontou a existência de uma organização criminosa com a participação dos advogados e do policial militar.
O policial militar enviou ilegalmente dezenas de boletins de ocorrência para os advogados. Os boletins depois eram encaminhados aos líderes da facção criminosa que se encontram detidos no sistema penitenciário. Em tempo real, aqueles que mantinham a organização e o controle do tráfico de drogas conseguiam informações sobre a atuação policial.
Além de Qualio, foram denunciados Hingritty Borges Mingotti, Jéssica Daiane Maróstica, Paulo Henrique Campos de Aguiar, Robson Júnior Jardim dos Santos, Roberto Luis de Oliveira, Tiago Telles e Tallis de Lara Evangelista.