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Plantonista nega liberdade a acusada de planejar crime e pagar por morte de marido

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Plantonista no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o desembargador Sebastião de Moraes indeferiu pedido liminar que buscava pela revogação de prisão imposta a Ana Cláudia Flor, acusada de planejar e pagar pela morte de seu esposo, o empresário Toni Flor. Decisão é do dia 30 de dezembro.

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Ao pedir pela revogação da prisão, Ana Cláudia citou liberdade concedida a outra processada pela morte. Citou ainda a duração da medida restritiva, decretada em agosto de 2021.
 
Conforme o desembargador, porém, não há que  se falar em constrangimento ilegal por excesso de prazo, “encontrando-se o processo com seu trâmite dentro dos limites da razoabilidade, pois se deve compreender que há um número expressivo de réus”.
 
“Ressalte-se que o caso dos autos se refere à apuração do crime de homicídio qualificado, envolvendo seis réus, de modo que a sua complexidade devidamente justifica a mora na tramitação da ação penal, não sendo o transcurso de pouco mais de quatro meses, sem que tenha sido encerrada a instrução criminal, que ensejará o excesso de prazo para a formação da culpa”, relatou Sebastião de Moraes o rejeitar o pedido.
 
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso ofereceu denúncia contra Ana Claudia de Souza Oliveira Flor, por homicídio qualificado praticado contra o seu próprio esposo, Toni da Silva Flor.

Além dela, também foram denunciados pelo mesmo crime Igor Espinosa, Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva. A denúncia inclui ainda Sandro Lúcio dos Anjos da Cruz Silva, que responde por falso testemunho, após ter feito afirmação falsa no âmbito do inquérito policial.

Consta na denúncia que no dia 1º de agosto de 2020, por volta das 7h, em frente a uma academia, a vítima foi atingida por disparos de arma de fogo efetuados por Igor Espinosa, a mando de Ana Claudia de Souza Oliveira Flor. Para a concretização do crime, a esposa teria sido auxiliada por Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva.

De acordo com a investigação, Toni da Silva Flor e Ana Claudia de Souza Oliveira Flor estavam casados há 15 anos, tendo inclusive três filhas. O casamento, no entanto, vinha se deteriorando, notadamente por conta de relacionamentos extraconjugais da acusada. Alguns dias antes de ser morto, Toni teria anunciado a intenção de se separar.
 
Durante a investigação, foi constatado que o crime foi encomendado mediante oferta de pagamento no valor R$ 60 mil, mas a esposa teria repassado somente R$ 20 mil. Verificou-se também que o executor gastou todo o dinheiro em festas no Rio de Janeiro. Consta nos autos, que os detalhes do crime foram discutidos em reunião virtual via WhatsApp
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