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Notícias / Criminal

Acusado de ocultar corpo de empresária entra com novo pedido de liberdade

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Pedro Paulo de Arruda, acusado de participação no assassinato da empresária Rosemeire Soares Perin, 52 anos, voltou a pedir liberdade na Justiça de Mato Grosso. Ele já foi indiciado nos crimes de ocultação de cadáver, resistência à prisão e tráfico de drogas.

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Ao requerer liberdade, o acusado argumenta sobre falta de elementos probatórios para o indiciamento pelo crime de ocultação de cadáver. A defesa afirma que Pedro Paulo não participou do latrocínio, “sendo a prisão preventiva medida excepcional”.
 
“Impor o cumprimento antecipado de uma pena é o mesmo que fechar os olhos aos princípios que norteiam o ordenamento jurídico, em especial, ao princípio da inocência e a dignidade da pessoa humana”, afirma a defesa.
 
Ainda segundo defesa, o acusado tem residência fixa no distrito da culpa, onde tem raiz patrimonial, social, laborativa e familiar, inexistindo qualquer indício de que terá a intenção de se furtar à aplicação de eventual penalização.
 
Pedro foi preso junto de Jefferson Rodrigues da Silva. O segundo responde pelos crimes de roubo seguido de morte (latrocínio) e ocultação de cadáver. Rosemeire Perin desapareceu no dia 16 de fevereiro, após sair de sua casa no bairro Doutor Fábio, em Cuiabá, para entregar mercadorias em Várzea Grande. O corpo dela foi localizado dois dias depois na estrada da Passagem da Conceição, enrolado em lençóis e numa lona plástica.
 
Rosemeire trabalhava há mais de 10 anos com a venda de produtos e embalagens para festas, máquina de sorvetes e outros equipamentos do ramo. Na terça-feira, 16 de fevereiro, foi até Várzea Grande para entregar produtos que o autor do crime havia adquirido e também cobrar uma dívida.
 
A vítima já tinha uma relação de comerciante e cliente com o suspeito, cuja família trabalhava há dez anos com a venda de sorvetes. Em março de 2020, o suspeito comprou uma máquina de sorvete de Rosemeire no valor de R$ 7 mil, que posteriormente apresentou problema e precisou passar por manutenção, que ela mesma realizou. Do valor da manutenção da máquina, com a qual vendia sorvete em um supermercado, ele ficou devendo uma parte, e depois comprou mais um equipamento, um batedor de milk shake, e embalagens.
 
Jefferson Rodrigues deu um golpe que deixou Rosemeire desacordada. Depois ele a amarrou a vítima com fita adesiva e a amordaçou. Passado um tempo, ela despertou e, segundo o suspeito declarou, ele pegou uma faca de cozinha e golpeou o pescoço da vítima.
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