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Mãe protesta contra adiamento de audiência para julgar Ledur: 'nos traz uma tristeza imensa'

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Jane Patrícia Lima Claro, mãe do aluno Rodrigo Claro, morto durante treinamento do Corpo de Bombeiros, protestou nas redes sociais contra o adiamento da audiência marcada para julgar a tenente Izadora Ledur, acusada do crime. “Nos traz uma tristeza imensa”, relatou em vídeo.

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“A gente vê a possibilidade de ser cancelada essa data, esse julgamento. Nos traz uma tristeza imensa, mas a certeza é de que não devemos jamais desistir de lutar pelos nossos ideais. Hoje meu único ideal é lutar, lutar e lutar. Uma mãe nunca desiste de um filho, mesmo que não esteja aqui”, explicou.
 
Decisão inicial pelo cancelamento da audiência prevista para o dia 27 de janeiro ocorreu após pedido de prorrogação de prazo para apresentação de alegações finais. A suspensão da audiência se justificou com o fim de resguardar paridade de armas entre Ledur e o órgão acusador. Conforme os autos, o Ministério Público foi intimado para ofertar as alegações em 7 de abril de 2020, sobrevindo aos autos somente em 26 de outubro de 2020. O lapso temporal demostrou que o prazo foi consideravelmente ampliado.
 
“Amanhã, dia 15, completa-se quatro anos e dois meses que ele faleceu. São quatro anos e dois meses de muita angustia, de muitas lágrimas, de muito sofrimento. São quatro anos e dois meses de uma busca incansável por Justiça. Quatro anos e dois meses de uma falta que não tem como explicar”, salientou Jane.
 
Rodrigo morreu durante o 16º Curso de Formação de Bombeiro em Mato Grosso que era ministrado pela tenente. De acordo com a denúncia, a morte ocorreu no dia 10 de novembro de 2016, durante atividades aquáticas em ambiente natural, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. Apesar de apresentar excelente condicionamento físico, o aluno demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre, entre outros exercícios.
 
“Pode passar quanto tempo for, enquanto vida eu tiver, pretendo lutar para que a morte dele não fique impune”.
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