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PGJ diz que prefeito é 'preconceituoso' por considerar apenas atendimento a cuiabanos na capital

Da Redação - Vinicius Mendes

O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges,  disse que o prefeito Emanuel Pinheiro é "preconceituoso" por afirmar que as UTIs de Cuiabá são suficientes para atender aos cuiabanos. A Justiça determinou, após ação do Ministério Público, a instalação do lockdown em Cuiabá e Várzea Grande. O prefeito disse que está providenciando o cumprimento da ordem, mas já apresentou recurso contra a decisão.

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De acordo com o chefe do MP, o prefeito é "sectário" por defender este discurso. Ele citou que o interior do Estado de Mato Grosso também possui um grande poder econômico e os municípios estão sim adotando medidas preventivas contra o novo coronavírus.

"O Prefeito Emanuel Pinheiro apresenta um discurso preconceituoso e sectário quando afirma que as UTIs de Cuiabá são suficientes para atender aos Cuiabanos, esquece-se que Cuiabá tem gestão plena do SUS e a capital tem alicerçado sua economia em prestação de serviços públicos e privados, enquanto o interior do Estado a econômica está alicerçada principalmente na produção agrícola que é a locomotiva da economia de Mato Grosso e do Brasil. Sem contar que os Municípios do interior estão sim adotando medidas preventivas ao coronavírus conforme seus índices de risco. Tal discurso reacende a divisão do Estado de Mato Grosso", disse.

De acordo com a Prefeitura, Emanuel  já determinou que a Procuradoria Geral do Município trabalhe nesta quinta-feira (25)  para implementar as medidas necessárias para o  cumprimento da ordem do magistrado José Luiz Lindote, da Vara Especializada em Saúde de Mato Grosso. Veja o que foi determinado.

No entanto, ele defendeu que tem o direito de recorrer da decisão de primeira instância, sobre a quarentena obrigatória, e aguarda a decisão de recurso, interposto na noite de ontem (24),  que será apreciado pelo desembargador plantonista do Tribunal de Justiça, Rui Ramos. 
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