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Produtor rural de MT enviou dinheiro para comprar voto de desembargadora na Bahia, diz PF

Da Redação - Arthur Santos da Silva

A Polícia Federal apreendeu R$ 250 mil na casa da desembargadora Sandra Inês Rusciolelli, do Tribunal de Justiça da Bahia, alvo da 5ª fase da Operação Faroeste, que apura um suposto esquema de venda de decisões judiciais na Corte. Segundo o site O Antagonista, o valor foi pago por um produtor rural de Mato Grosso.

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A magistrada teve a prisão temporária e o afastamento da função por um ano decretados pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A PF gravou e monitorou acertos de propina e entrega de dinheiro.
 
Segundo O Antagonista, o produtor rural repassou R$ 250 mil a um advogado que fez o dinheiro chegar a Salvador (BA) e o entregou ao filho da desembargadora.
 
Para os investigadores, o dinheiro era parte de um esquema para comprar o voto da desembargadora em julgamento realizado em janeiro, que beneficiaria o produtor rural. Confira aqui o material divulgado pelo site O Antagonista.
 
Operação
 
A Polícia Federal cumpriu, na manhã deste terça-feira (24), mandados de busca e apreensão em Rondonópolis (a 216 quilômetros de Cuiabá), Salvador e Mata de São João, ambas cidades na Bahia, na quinta fase da operação Faroeste.
 
O objetivo é a desarticulação de possível esquema criminoso voltado à venda de decisões judiciais, por juízes e desembargadores, do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Os crimes investigados, além de corrupção ativa e passiva, são lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico influência.

Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, bem como mandados de prisão temporária em desfavor de uma desembargadora do TJ-BA e de dois advogados, sendo um deles filho e operador financeiro da citada autoridade judiciária.
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