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TJ manda soltar acusado de liderar organização do jogo do bicho em Mato Grosso

Da Redação - Vinicius Mendes

A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) revogou, nesta quarta-feira (14), por unanimidade, a prisão de Frederico Muller Coutinho, apontado como o líder da Ello/FMC, uma das empresas que estaria praticando o jogo do bicho em Mato Grosso. Os desembargadores consideraram que a situação de Frederico é idêntica à dos outros 12 envolvidos que já receberam liberdade na semana passada, pois também é réu primário. Ele terá monitoramento eletrônico.
 
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Na semana passada, o TJ já havia revogado a prisão de outros 12 investigados na “Operação Mantus”, que apurou contravenção penal do jogo do bicho e lavagem de dinheiro. Os desembargadores levaram em consideração que eles não apresentam antecedentes criminais e substituíram as detenções por medidas cautelares.
 
Em sessão desta quarta-feira (14), os magistrados julgaram um recurso de habeas corpus interposto pela defesa de Frederico. O relator, desembargador Rui Ramos, afirmou que o caso do suposto líder da Ello/FMC é idêntico ao dos outros envolvidos que já foram soltos.
 
“Estou concedendo da mesma forma porque não apresenta nenhum antecedente criminal, igual aos demais, de forma que aquelas medidas que nós colocamos parecem suficientes para conter esta atividade, com bloqueio de valores e colocação de monitoramento eletrônico”, disse o relator.
 
Os demais desembargadores seguiram o voto do relator. “É o mesmo peso e a mesma medida, o que se decidiu com relação à outra facção também termos que ter o mesmo valor para esta, quando não há nenhuma diferenciação”, afirmou o desembargador Gilberto Giraldelli.
 
A operação

 
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), deflagrou na manhã do dia 29 de maio a Operação Mantus, com o escopo de prender duas organizações criminosas envolvidas com lavagem de dinheiro e com a contravenção penal denominada jogo do bicho.
 
A operação visou dar cumprimento a 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos justamente pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.
 
As investigações iniciaram em agosto de 2017, descortinando duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho em Mato Grosso. Ambas movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões.
 
Uma das organizações seria liderada por João Arcanjo e seu genro, Giovanni Zem Rodrigues. A outra seria liderada por Frederico Muller Coutinho.
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