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Ministério Público denuncia policiais civis suspeitos de cobrar propina de R$ 1 mil

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) denunciou no dia 10 de julho os investigadores da Polícia Civil (PJC) Elxilena Cássia de Oliveira Confessor e Marcelo Machado Butakka. Lotados na Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran), eles são acusados pela suposta cobrança indevida de R$ 1 mil contra uma pessoa envolvida em acidente.
 
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A ação, por ato de improbidade administrativa, solicita a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor remuneração do agente, proibição de contratar com o Poder Público e ainda indenização por dano moral coletivo em valor a ser arbitrado.
 
Conforme os autos, em agosto de 2015 Elxilena e Marcelo foram acionados para atender acidente ocorrido na estrada do Moinho, em Cuiabá. Ao chegar no local dos fatos, os policiais constataram que um automóvel havia colidido com uma motocicleta.
 
Ato contínuo, Elxilena teria conversado com o motorista do carro dentro da viatura de polícia, ocasião em que solicitou, segundo o MPE, a vantagem financeira indevida, a fim de não autuá-lo. Elxilena e Marcelo levaram o motorista a uma agência bancária para o saque de R$ 1 mil. Depois, ao caixa eletrônico de um supermercado. No local, a vítima conseguiu comunicar ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP) a cobrança de vantagem indevida. Equipe da Polícia Militar conduziu todos à Delegacia do Bairro Planalto.
 
Procedimento administrativo já opinou pela absolvição de Marcelo Machado Butakka pela ausência de elementos que comprovassem a sua participação na solicitação. Contra Elxilena Cássia de Oliveira Confessor, o processo interno da Polícia Civil opinou pela suspensão de 90 dias ou demissão.
 
A ação proposta pelo Ministério Público é assinada pelo promotor de Justiça Reinaldo Rodrigues de Oliveira.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que a denúncia é resulta de investigações internas. A suspensão por 90 dias, sem remuneração, já foi cumprida por Elxilena em 2018. 
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