O ex-vereador de Cuiabá Lúdio Cabral faz parte da lista de nomes delatados por membros da Odebrecht na operação Lava Jata. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal na última terça-feira (11).
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Em decisão do Ministro Edson Fachin, a petição em face de Lúdio, buscando abertura de inquérito, foi remetida ao Tribunal Regional Federal da Terceira Região. O político não possui prerrogativa de foro no STF.
A petição foi elaborada pelo Ministério Público Federal com base nas declarações do colaborador Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, o qual relata o pagamento de vantagens, não contabilizadas, no âmbito de campanhas eleitorais.
Os pagamentos, conforme colaborador, teriam sido estabelecidos em favor de Lúdio Cabral, Mariton Benedito de Holanda (Padre Ton- político de Rondônia), sendo que tais repasses foram implementados a pedido de Edson Antônio Edinho da Silva (Edinho Silva- Político de São Paulo).
Informações detalhadas não foram expostas pelo Supremo. O processo será recebido nas próximas semanas pela Justiça Federal.
Ainda em decisão de Edson Fachin, um inquérito foi instaurado contra o ministro da agricultura Blairo Maggi, também em consequência da Operação Lava Jato.
Outro lado
Lúdio encaminhou a seguinte nota:
Estou em Mimoso hoje, durante o dia, trabalhando como médico e acabo de tomar conhecimento da inclusão do meu nome em petição encaminhada ao TRF 3ª Região com pedido de investigação relacionada a tal lista da Odebrecht.
Não conheço o conteúdo da petição.
Como inclui ainda os nomes de Edinho Silva e Mariton Benedito de Holanda, a petição deve tratar da campanha eleitoral de 2014, quando fui candidato a governador de Mato Grosso pelo Partido dos Trabalhadores. Os dois foram, respectivamente, coordenador financeiro da campanha presidencial do PT e candidato a governador de Rondônia nas eleições de 2014.
Assim que me inteirar junto aos órgãos competentes sobre o conteúdo da petição me posicionarei a respeito.
Lúdio Cabral, 12 de abril de 2017.