O empresário Alan Malouf ofereceu bens como forma de garantir o juízo para eventual ressarcimento de danos ao erário, até que se encerre o processo. A afirmação foi confirmada na manhã de hoje, 17, pela assessoria jurídica de Malouf, que preferiu não detalhar quais itens foram disponibilizados.
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Alan, que está preso desde a última quarta-feira, 14, prestou depoimento durante toda a tarde de ontem (16) ao promotor Marco Aurélio de Castro, que coordena as ações do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Em delação premiada, o empreiteiro Gioavani Guizardi afirma ser operador de um esquema criado para desviar dinheiro de reformas e construção de escolas públicas a fim de quitar dívidas do caixa 2 da campanha eleitoral no ano de 2014.
Alan seria o principal interessado no "ressarcimento" já que teria feito investimentos da ordem de R$ 10 milhões na campanha de Pedro Taques (PSDB). O governador rechaça qualquer envolvimento em atos ilícitos.
Quanto ao teor da oitiva, a assessoria de imprensa do empresário nada declarou considerando o sigilo da investigação. Alan permanece detido preventivamente em uma cela do Serviço de Operações Especiais (SOE), unidade pertencente à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
Ainda segundo Giovani, ele conhece o empresário Alan Malouf desde a infância e foi ele quem o ajudou a entrar para o esquema. Guizardi procurou Malouf em março de 2015 e solicitou que sua empresa, Dinamo Construtora, pudesse trabalhar em obras na Secretaria de Estado de Educação, pois nunca tinha atuado nesta secretaria, que é a terceira em maior volumes de obras no Estado.
Veja a íntegra da nota:
"A defesa de Alan Malouf informa que o empresário prestou depoimento na tarde desta sexta-feira (16), na sede do Gaeco, e que foi importante para poder exercer seu direito constitucional de ampla defesa.
Como o processo corre em segredo de justiça, o teor do depoimento é sigiloso e as manifestações da defesa ocorrerão somente nos autos do processo.
O empresário já apresentou bens como forma de garantir o juízo para eventual ressarcimento, até que se encerre o processo.
Reiteramos que desde o inicio das investigações ele está à disposição das autoridades, tendo, inclusive, se apresentado espontaneamente para o cumprimento da decisão que determinou sua prisão, demonstrando que não irá atrapalhar qualquer investigação, bem como tem prestado as informações solicitadas para o esclarecimento dos fatos".