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Desembargador aposentado recusa administração de recuperação estimada em R$ 100 milhões do Grupo Bipar

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O advogado e desembargador aposentado Mauro José Pereira recusou sua nomeação, como administrador judicial, na ação de recuperação Grupo Bipar, do qual faz parte a Bimetal Indústria Metalúrgica Ltda e outras três empresas, endividado em cerca de R$ 100 milhões. A indicação de pereira foi estabelecida pelo magistrado Flávio Miráglia, da Primeira Vara Cível de Cuiabá. O motivo da rejeição, protocolizada no dia 7 de outubro, não foi divulgado.

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Miráglia deferiu o pedido de recuperação no dia 5 de outubro. Na decisão, foram determinadas blindagem e suspensão das ações de cobrança contra grupo. O plano para retomada econômica deve ser apresentado em 60 dias. Com a recusa de Pereira, um novo administrador judicial será indicado.

Conforme a ação, a intenção é preservar os postos de empregos diretos e saldar uma dívida de cerca R$ 100 milhões com fornecedores, bancos e outros, além de seguir com a execução de mais de R$ 200 milhões em contratos. Uma das causas da crise seria a exposição política do fundador do grupo, o atual prefeito de Cuiabá,
Mauro Mendes, especialmente depois da sua inclusão na investigação denominada Ararath.

Ainda segundo os autos, para ilustrar o momento ruim, o requerente afirma que o grupo concretizou um faturamento, em 2014, de R$ 321,7 milhões, quando a previsão era de R$ 440 milhões, fechando o ano com prejuízo contábil e financeiro, levando as empresas a tomarem ações como devolução de obras e redução de custos.

Cumprindo o plano de recuperação, os credores terão o prazo de trinta dias para manifestarem a sua objeção ao projeto da devedora.
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