Um dos advogados de José Geraldo Riva, Rodrigo Mudrovitsch, criticou a decisão da juíza Selma Rosane de Arruda, que determinou a prisão do ex-presidente da Assembleia Legislativa no último sábado (21).
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“Com todo respeito que tenho pela magistratura e pela magistrada, ela utilizou argumentos morais e não jurídicos para determinar a prisão. Se eu digo que uma pessoa é um ícone da impunidade, como ela fez, não estou sendo parcial”, afirmou o jurista.
Segundo ele, a juíza extrapolou todos os limites ao determinar a prisão de Riva, já que trata-se de um processo que está ainda no início. “A juíza utilizou a prisão preventiva como mecanismo de antecipação de pena, já que o processo está começando e não havia motivos para isso”, disse Mudrovitsch.
Conforme o advogado, a juíza Selma Rosane de Arruda não agiu com imparcialidade. “O que se espera de um magistrado é que haja com imparcialidade e, no caso, ela foi totalmente parcial,com uma decisão equivocada. Eu classifico a prisão de Riva como ilegal e absurda”, finalizou o jurista.
Demora no acesso aos autos
Rodrigo Mudrovitsch também criticou a demora na distribuição da ação, já que a prisão ocorreu no sábado (21) e só foi disponibilizada nesta terça-feira (24). "Isso é um absurdo, uma afronta aos advogados. Não só neste processo, como em qualquer um. O advogado é um parceiro da Justiça e não é justo dificultar o trabalho desses profissionais", afirmou.