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Notícias / Criminal

Zampieri brincou que homem que viria matá-lo o procurou para comprar terreno nos EUA

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Luís Vinicius

O sócio que mantinha um escritório de advocacia com Roberto Zampieri, José Sebastião de Campos Sobrinho, afirmou nesta nesta segunda-feira (22), durante audiência de instrução, que o jurista disse antes de morrer, em tom de brincadeira, ter sido procurado por um homem interessado em comprar terras para o sobrinho no estado do Texas, nos Estados Unidos. 

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Segundo as investigações, o homem que procurou o escritório trata-se de Antônio Gomes da Silva, apontado como autor do homicídio. Ele esteve no escritório de Zampieri e de seu sócio na noite do dia 4 de dezembro, um dia antes do assassinato do advogado. Nas imagens do circuito interno de segurança, ele aparece com óculos, com boina, calça, camisa e bengala. 

“Zampieri disse até em tom de brincadeira que um homem - um padre de boina e bengala - o procurou e tinha interesse em comprar uma terra para um sobrinho do Texas-EUA”, disse. 

Nesta segunda-feira (22), são ouvidos na audiência o coronel do Exército Etevaldo Caçadini, apontado como um dos mandantes, Antônio Gomes da Silva, autor dos disparos e Hedilerson Fialho Martins Barbosa, veterano do exército e instrutor de tiro acusado de ser o responsável por contratar o pistoleiro. Ao todo, são ouvidas 16 testemunhas, entre defesa e acusação. 

Um funcionário do escritório relatou que o homem apontado como autor dos disparos foi super bem tratado por Zampieri. Conforme as imagens das câmeras de seguranças do escritório, Zampieri e o suspeito conversam por alguns minutos. O suspeito, durante a conversa, evita contato visual com a vítima e aparece mais manuseando o aparelho celular.  

“Ele [Zampieri] tratou a pessoa que tirou a vida dele super bem”, disse a funcionária durante o depoimentos. 

Também depôs nesta tarde J.M., que é amigo e sócio de Zampieri em um aras. Assim como as testemunhas anteriores, ele reconhece como sendo Antônio Gomes o homem que teria ido ao escritório de Zampieri na noite de 4 de dezembro. Ele se recusou a ser ouvido na frente do Coronel e dos outros dois réus, que foram retirados da sala durante a sua oitiva.

Em sua fala, J.M.S, mencionou que o advogado e amigo era muito discreto,  preferia manter discrição de sua privada e não tinha conhecimento de que ele estava sendo ameaçado. Ele apontou que sabia da atuação do advogado em causas envolvendo disputa de terras porque o direito agrário era uma de suas áreas de atuação. 

"O Zampieri era muito frio, muito discreto. Eu não sabia que ele estava construindo uma casa, por exemplo", disse. 
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