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Notícias / Criminal

Juiz nega destruir informações contidas no celular de Zampieri, mas devolve aparelho a esposa do advogado

Da Redação - Pedro Coutinho

O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira negou destruir o HD que contém os dados do celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros em dezembro de 2023, enquanto saía do seu escritório na capital. Na mesma decisão, proferida nesta segunda-feira (24), Ferreira determinou a devolução do aparelho celular dele a sua esposa, Adriana Ribeiro Garcia Bernardes Zampieri.

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Na semana passada, o ministro corregedor Luis Felipe Salomão, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), havia negado a devolução do celular considerando que o aparelho continha dados importantes para apurar a conduta dos supostos mandantes do crime.

Nesta segunda, então, Ferreira se convenceu de devolvê-lo à Adriana porque os dados que interessam ao processo já foram extraídos e estão cautelados pela Polícia Civil, pelo CNJ e pela 12ª Vara Criminal.

O magistrado assegurou que os elementos contidos no celular ficarão restritos somente às informações relacionadas ao homicídio, e que não ficará indistintamente à disposição de qualquer pessoa, mas apenas às partes interessadas no processo.

Sobre o HD que extraiu as informações, Ferreira negou destruí-lo ou devolvê-lo, pois, segundo ele, “ainda há em trâmite inquérito para se apurar a conduta dos supostos mandantes do crime, cujas provas poderão ser úteis e necessárias, sendo extraídas do referido HD”.

Zampieri foi executado em 5 de dezembro de 2023, aos 56 anos, enquanto deixava seu escritório situado no bairro Bosque da Saúde, Cuiabá. Ele estava dentro da sua caminhonete Fiat Toro quando Antônio Gomes, contratado para alvejá-lo, o atingiu com diversos tiros. Gomes foi preso em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

Dias após a execução, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, veterano do Exército e instrutor de tiro, que segue preso, foi acusado de intermediar o assassinato, cuja responsabilidade seria a de contratar Gomes e entrega-lo a arma usada no crime.

Coronel do Exército, Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas, foi preso em janeiro, em Belo Horizonte (MG), acusado de ser o financiador do crime. O suposto mandante, Aníbal Manoel Laurindo, está em liberdade provisória, junto com sua esposa, cumprindo medidas cautelares que foram determinadas pela Justiça, como monitoramento por tornozeleira eletrônica.

 
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