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Mãe acusada de matar e esquartejar filho de quatro meses vai passar por júri popular

Da Redação - Amanda Divina

A juíza Emanuelle Chiaradia Navarro, da 1ª Vara Criminal Sorriso, aceitou denúncia e e determinou que Ramira Gomes da Silva vá para o Tribunal do Júri, por ter assassinado e esquartejado o filho de quatro meses, Brayan da Silva Otani, em 2021. O bebê seria um empecilho para Ramira mudar de cidade com a companheira.

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Segundo informações, a magistrada pronunciou Ramira ao júri no mês de abril, mas a defesa da acusada entrou com um recurso na Segunda Instância, que aguarda julgamento. O caso ainda tramita em segredo de justiça.

​O crime ocorreu no dia 14 de maio de 2021. Conforme a denúncia do Ministério Público, a mãe agiu “imbuída de animus necandi (vontade de matar), impelida por motivação torpe, mediante meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima”.

As investigações policiais apontaram que Ramira desejava se mudar para outro estado, onde mora a mulher com a qual começou a se relacionar à distância, virtualmente.

Para facilitar a mudança e viabilizar a própria relação afetiva, acreditando que o bebê fosse um empecilho para os planos dela (motivo torpe), a denunciada golpeou a face do filho com instrumento contundente, provocando-lhe a morte.

Ela se aproveitou da fragilidade física e da incapacidade do menino de oferecer qualquer tipo de resistência ou autodefesa (recurso que dificultou a defesa), em contraste com o mais elementar sentimento de piedade (meio cruel).

Após o crime, Ramira da Silva destruiu e ocultou o cadáver do filho Brayan. De acordo com as investigações, a mãe amputou os quatro membros do corpo em cima da pia da cozinha da própria casa, acondicionou os braços e as pernas em potes e depositou-lhes numa lixeira. Na sequência, enterrou os restos do bebê no quintal da residência.
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