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Terça-feira, 11 de novembro de 2025

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R$ 2,2 BI EM DÍVIDAS

Justiça penhora maquinários de armazém do Grupo Safras em mais um episódio da conturbada recuperação judicial

Foto: Reprodução

Justiça penhora maquinários de armazém do Grupo Safras em mais um episódio da conturbada recuperação judicial
O processo de intervenção no Grupo Safras voltou a gerar preocupação entre credores e trabalhadores. Um oficial de Justiça, acompanhado por força policial, realizou nesta quinta-feira (30) a retirada de um equipamento pertencente ao grupo, amparado por mandado de busca, apreensão e penhora — medida que contraria diretamente decisões vigentes que suspendem execuções e garantem a preservação do patrimônio das empresas. A ocorrência foi registrada em um armazém localizado no município de Nova Guarita (MT).


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Segundo informações apuradas, o representante do interventor acompanhou a ação e autorizou a retirada do equipamento, mesmo com o stay period em vigor — período de 180 dias, prorrogável por igual prazo, que congela todas as execuções judiciais e extrajudiciais contra o Grupo Safras.

A medida deveria, portanto, impedir esse tipo de ato e assegurar a integridade dos bens até a definição do plano de reestruturação. A situação reforça a percepção de que o interventor nomeado pela Justiça não vem adotando as medidas necessárias para proteger o patrimônio do Grupo Safras, conforme determina o mandato judicial.

A perda de ativos agrava o risco de desvalorização do conglomerado e prejudica o conjunto dos credores, uma vez que a preservação dos bens é a principal garantia de pagamento dentro de um processo de recuperação ou reestruturação empresarial.

O Grupo Safras ingressou com pedido de recuperação judicial em abril deste ano, declarando dívidas de aproximadamente R$ 2,2 bilhões. O processo chegou a ser deferido, mas foi suspenso pela Justiça após o surgimento de indícios de irregularidades na gestão anterior. Em seguida, os antigos administradores, Pedro Moraes e Dilceu Rossato, foram afastados por suspeitas de fraudes e ocultação de patrimônio, e a Justiça nomeou um interventor para conduzir as empresas.
 
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