O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) se manifestou pela manutenção das medidas cautelares impostas a Larissa Karolina Silva Moreira, indiciada em um inquérito que apura a morte de diversos gatos em Cuiabá.
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A manifestação, assinada em 29 de outubro de 2025 pelo promotor de Justiça Joelson de Campos Maciel, pede que Larissa reinstale a tornozeleira eletrônica em até 24 horas, sob pena de ter a liberdade provisória revogada e ser novamente presa. O órgão também pediu a decretação de sigilo sobre o caso, citando ameaças à integridade física da indiciada em razão da ampla exposição midiática.
O inquérito apura suspeitas de que Larissa adotava gatos e, posteriormente, os matava. O ponto central da nova manifestação é o rompimento da tornozeleira eletrônica, que a defesa atribuiu a um “surto psicótico agudo” agravado por problemas de saúde mental e pela repercussão pública do caso.
A Associação Tampatinhas Cuiabá, habilitada como terceiro interessado, solicitou a revogação da liberdade provisória e a prisão preventiva da investigada, alegando que ela agiu com dolo ao danificar o equipamento e que teria intimidado jornalistas e ativistas.
Embora reconheça que houve múltiplas violações no monitoramento eletrônico, o Ministério Público avaliou que a prisão preventiva seria medida desproporcional diante das condições clínicas da investigada.
O promotor também endossou o pedido de sigilo, destacando que a exposição do caso tem causado “consequências psicológicas e sociais gravíssimas” à indiciada e que o direito à vida deve prevalecer sobre a publicidade processual.