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Domingo, 09 de novembro de 2025

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Operação Extractus: sócia de empresa que movimentou R$ 14 milhões segue presa por decisão do STJ

Operação Extractus: sócia de empresa que movimentou R$ 14 milhões segue presa por decisão do STJ
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido de habeas corpus e manteve a prisão preventiva de Cleide Ferreira Rezende, presa desde 25 de julho de 2025 no âmbito da Operação Extractus. Ela é acusada de integrar uma organização criminosa voltada à lavagem de capitais e crimes financeiros.


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A decisão, proferida pelo ministro Rogério Schietti Cruz, considerou que a prisão preventiva está fundamentada em elementos concretos, que demonstram a gravidade das condutas e o risco à ordem pública e econômica.

Segundo as investigações, Cleide era sócia da empresa Hola Imobiliária, detendo 10% do capital social, enquanto os 90% pertenciam a Ever Lázaro Carlo, um dos principais investigados. O empreendimento teria movimentado cerca de R$ 14 milhões entre 2021 e 2022, sem apresentar declarações fiscais compatíveis com o volume financeiro.

A Hola Imobiliária, embora registrada formalmente, funcionava como uma empresa de fachada — mantinha as portas fechadas durante o expediente, não atendia aos canais de contato e não realizava anúncios de imóveis.

Até 2019, Cleide possuía registro de recepcionista com renda de R$ 988, mas passou a exibir padrão de vida incompatível com seus rendimentos formais, o que, segundo a decisão, “aponta para possível acréscimo patrimonial sem causa lícita identificável”.

A defesa alegava que a investigada não possuía poder de decisão e que sua participação seria secundária, porém o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) refutou esse argumento, destacando que Cleide era pessoa de confiança dos principais investigados, com poderes para movimentar contas bancárias e representar interesses do grupo.

O STJ reiterou que a prisão preventiva não se baseou em gravidade abstrata, mas em indícios concretos da existência de uma organização criminosa estruturada para lavagem de capitais.

Com a decisão, Cleide Ferreira Rezende permanece presa preventivamente em Cáceres, onde aguarda o desfecho do processo.
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