O empresário Adriano Aparecido Fabrício, que foi preso preventivamente sob suspeita de “fechar” e perseguir a juíza Emanuelle Navarro em uma avenida de Sorriso (420 km de Cuiabá), se comprometeu a pagar R$ 40 mil e cumprir serviços comunitários para se livrar de condenação. Em decisão publicada nesta segunda-feira (27), o juiz Evandro Guedes confirmou a homologação do acordo de não persecução penal firmado entre Adriano e o Ministério Público.
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Adriano Fabricio obrigou-se a pagar a quantia de R$ 20 mil a título em favor do Conselho Municipal de Segurança Pública de Sorriso, e mais R$ 20 mil como reparação aos danos causados à juíza. Além disso, vai prestar serviços à comunidade por um ano na Associação Luz da Manhã, mantida pela Polícia Militar de Sorriso.
Adriano foi autuado por calúnia, resistência, direção perigosa, injúria e desobediência a ordens da Justiça Eleitoral. O caso ganhou repercussão após o suspeito ter supostamente fechado a juíza Emanuelle Navarro, responsável por questões eleitorais no município, em 5 de outubro de 2024, a um dia das eleições municipais. Na ocasião, ele teria agido em represália a uma ação da magistrada, que verificou bandeiras a um candidato em local irregular e desceu do seu carro para retirá-las.
Neste momento, conforme imagens de câmera de segurança, suspeito “fecha” o veículo da juíza, um SUV, desce do carro e caminha até a vítima. Ao lado do carro da magistrada, suspeito inicia uma conversa e abre a porta do veículo com violência. Ele ameaçou a juíza a chamando de “bandida” e que ela não retiraria as bandeiras dali. Adriano ainda tentou entrar no carro dela para tomar o material. Depois, a porta é fechada, a conversa é encerrada e o suspeito deixa o local em sua caminhonete.