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Domingo, 09 de novembro de 2025

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VIOLAÇÃO DAS CAUTELARES

Entidade rebate 'surto', denuncia descumprimento de medidas e pede prisão de mulher investigada por matar gatos em Cuiabá

Foto: Reprodução

Entidade rebate 'surto', denuncia descumprimento de medidas e pede prisão de mulher investigada por matar gatos em Cuiabá
A Associação Tampatinhas Cuiabá, que atua no processo que investiga Larissa Karolina Silva Moreira por maus-tratos a animais, pediu novamente à Justiça que revogue a liberdade provisória e decrete da prisão preventiva da investigada. O pedido foi protocolado neste domingo (26) perante o Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias, onde Larissa responde criminalmente por matar gatos em Cuiabá.


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Na petição, a associação afirma que Larissa tem descumprido de forma reiterada as medidas cautelares impostas, incluindo duas violações de monitoramento eletrônico por rompimento da tornozeleira, bem como que ela vem “demonstrando contínuo e deliberado desprezo pelas determinações judiciais”, o que comprometeria a eficácia das medidas impostas e a autoridade da Justiça.

A entidade rebate a justificativa apresentada por Larissa — de que o rompimento do equipamento ocorreu durante um “surto psicótico agudo” — e anexou áudio e vídeo para contestar a versão. No áudio, Larissa teria afirmado a uma amiga que retirou a tornozeleira porque faria exames de ressonância por um problema no ombro. Já num vídeo, gravado em 28 de setembro, ela aparece dançando em uma festa, o que, segundo a petição, “afasta a hipótese de debilidade mental severa”.

O pedido também aponta que Larissa estaria utilizando a liberdade para “intimidar e coagir” pessoas envolvidas no caso, como testemunhas, denunciantes e profissionais da imprensa.

A associação cita boletins de ocorrência registrados por um protetor de animais, que foi vítima de afirmações difamatórias e um boletim registrado por Larissa em tom de intimidação, e por uma jornalista de Cuiabá, que a denunciou por perseguição após uma festa.

“Mais grave, contudo, é a constatação de que a Sra. Larissa vem se utilizando de sua liberdade para intimidar e coagir todos que, de alguma forma, se opõem às suas vontades ou simplesmente noticiam os fatos de interesse público relacionados ao seu processo”, alegou a associação.
 
Diante disso, a Tampatinhas pede que o juiz receba as provas anexadas (áudio, vídeo e documentos), revogue a liberdade provisória com monitoramento eletrônico, e decrete a prisão preventiva de Larissa, com base nos artigos 282 e 312 do Código de Processo Penal, para garantir a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal.

Um dos boletins foi registrado em 24 de outubro por um protetor de animais, que relatou ter sido alvo de acusações falsas de Larissa após compartilhar reportagens sobre o caso. Outro boletim foi feito por uma jornalista, que afirmou ter sido seguida pela investigada durante uma festa em Cuiabá. No registro, ela disse ter sentido medo de ser atacada e pediu providências à polícia.

Larissa Karolina é investigada por suspeita de adotar gatos e posteriormente matá-los. Ela havia obtido a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica.

Após romper o dispositivo, a defesa apresentou pedido de justificação judicial alegando que o ato ocorreu durante um “surto psicótico agudo” provocado pela exposição pública do caso. Segundo os advogados, a repercussão midiática teria agravado seu estado mental e levado à perda momentânea de discernimento.

Larissa e o companheiro foram indiciados pela Polícia Civil de Mato Grosso como supostos responsáveis pela morte de três gatos no bairro Porto, em Cuiabá. Segundo a Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), o casal praticava uma “empreitada criminosa”, adotando animais de ONGs de proteção de forma simulada para depois submetê-los a maus-tratos violentos que levavam à morte.

Uma das provas apresentadas pela investigação é uma imagem de Larissa deixando a residência com uma sacola que, de acordo com a polícia, continha o corpo de um dos gatos mortos. Também é apurada a possibilidade da prática de zoofilia.
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