O advogado Dauto Passare, segundo homem mais votado na lista sêxtupla do Quinto Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), exaltou a decisão de formar uma lista com paridade de gênero (com três homens e três mulheres) no processo de escolha do próximo desembargador de Mato Grosso, mas defendeu que nas próximas etapas a escolha, deve ser respeitada, independentemente de ser um advogado ou uma advogada.
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Dauto Passare obteve 29 votos na lista masculina, atrás apenas de Ricardo Gomes Almeida, que alcançou o apoio de 29 colegas. “Eu quero agradecer a Ordem dos Advogados Brasil. Para mim é uma honra representar, fazer parte dessa lista sêxtupla, ladeado de vários bons colegas, capacitados”, comemorou, em entrevista à imprensa, logo após o término da votação, na noite de sexta-feira (10).
Questionado se esse seria o ‘momento’ de escolher uma mulher para o cargo, o advogado defendeu a legitimidade do nome a ser apontado. “Acho que é uma escolha do governador que deve ser respeitada, independentemente do gênero. Evidentemente que, para a advocacia e a participação das mulheres nesse processo, nada mais representa do que é a justiça”, afirmou.
Ele defendeu a paridade de gênero como importante na etapa de formulação da lista sêxtupla, mas lembrou que a partir de agora, o próprio Tribunal de Justiça reduz a lista para três nomes e apresenta ao desembargador Mauro Mendes (União) para que a escolha final seja feita.
“Hoje, as advogadas são a maioria dentro da ordem dos advogados, em número, e o processo de paridade, dentro do processo de escolha, foi um processo democrático escolhido por esse conselho. Agora, dentro das novas fases que persistirão dentro desse processo, o Tribunal de Justiça escolhe o governador, eu entendo também que deve ser respeitado o Tribunal de Justiça, a sua escolha. É uma nova fase, a OAB entrega a sua lista, o Tribunal de Justiça agora vai analisar, dentro dos critérios técnicos e também entendendo eles pela representatividade feminina, eu tenho certeza que também o farão, mas deve ser respeitado e valorizado. Assim também como a escolha soberana do governador, que é a quem detém a palavra final sobre a escolha desse processo”.
Próxima fase na escolha
O advogado também comentou as expectativas que tem diante das duas etapas que ainda tem pela frente. “Espero poder ter a oportunidade, junto ao Tribunal de Justiça do Mato Grosso, de lá também passar por mais uma fase, render a todos os desembargadores e desembargadoras a opção desse nome, tentando levar a minha história e minha trajetória e poder, com isso, também contribuir para esse processo democrático e a representatividade aqui no Quinto Constitucional com as pautas da advocacia”.