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Sábado, 19 de julho de 2025

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Defesa de PM acusado de matar esposa com tiro na cabeça alega insanidade mental e pede avaliação psiquiátrica

Foto: Reprodução

Defesa de PM acusado de matar esposa com tiro na cabeça alega insanidade mental e pede avaliação psiquiátrica
A defesa do policial militar Ricker Maximiano de Moraes, 35, acusado de assassinar a esposa Gabrielli Daniel de Sousa, 31, em Cuiabá, no último mês de maio, ingressou na Justiça com um pedido de instauração de incidente de insanidade mental. O militar é acusado de ter matado a vítima com um tiro na cabeça.


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De acordo com a defesa, representada pelo advogado Rodrigo Pouso Miranda, Ricker possui um "quadro psiquiátrico grave e contínuo, atestado por diversos laudos médicos e por profissionais especializados”. 

Entre os diagnósticos apresentados apenas pela defesa estão: transtorno delirante específico, episódio depressivo grave, reação aguda ao estresse.

Os documentos mostram que o PM já foi afastado do serviço várias vezes por recomendação médica, com períodos de 30 a 90 dias de licença, além de ter recebido orientações reiteradas para a retirada do armamento funcional.

“Todo esse histórico médico comprova a persistência e a gravidade dos transtornos mentais que acometem o Requerente, com múltiplos afastamentos laborais, diagnósticos reiterados de transtorno delirante específico, episódio depressivo grave e reações agudas ao estresse, além de reiteradas recomendações de desarmamento, evidenciando risco tanto para si quanto para terceiros”, diz pedido da defesa. 

A defesa argumenta que, diante do histórico clínico, é necessário que peritos avaliem se Ricker era incapaz de entender o caráter criminoso do ato no momento do crime.

“Diante do extenso prontuário psiquiátrico acima delineado, somado à ocorrência de fato criminoso possivelmente influenciado pelo estado mental do requerente, impõe-se a imediata instauração do INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL, nos termos do art. 149 do Código de Processo Penal, a fim de que peritos especializados avaliem sua imputabilidade e esclareçam se, ao tempo da ação, estava ele total ou parcialmente incapaz de compreender o caráter ilícito de sua conduta ou de determinar-se conforme esse entendimento”.

O caso

Ricker está preso desde 26 de maio, quando Gabrielli foi morta a tiro dentro de casa. O PM usou uma pistola .40 para efetuar disparos contra a mulher. Gabrieli foi encontrada morta na cozinha com três perfurações no corpo.

Moradores da região relataram não ter ouvido discussão, apenas disparos de arma de fogo, achando se tratar de fogos de artifício. Após cometer o crime, Ricker colocou os dois filhos em um carro.

Ricker foi preso após se apresentar na delegacia. Durante interrogatório, ele permaneceu em silêncio mas afirmou ter se arrependido de ter cometido o crime.
 
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