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Terça-feira, 15 de julho de 2025

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MP QUER JÚRI

Feminicida que matou e arrastou corpo de companheira em moto é mantido preso e defesa é intimada para razões finais

Foto: Reprodução

Feminicida que matou e arrastou corpo de companheira em moto é mantido preso e defesa é intimada para razões finais
A juíza Giselda Regina Sobreira de Oliveira Andrade, da 1ª Vara Criminal de Sinop, manteve a prisão preventiva de Wellington Honorato dos Santos, 32 anos, responsável pelo feminicídio e ocultação de cadáver cometidos contra sua então companheira, Bruna de Oliveira, 24. Após executá-la, Wellington arrastou seu corpo, amarrado em uma moto, por cerca de três quadras até uma região de mata de Sinop (500 km de Cuiabá). Bruna foi assassinada há mais de um ano e o algoz segue sem julgamento, uma vez que sua defesa ainda não apresentou suas razões finais na ação penal.


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Em decisão proferida no final de maio, a magistrada oficiou a defesa do réu pela segunda vez, dando prazo para apresentação das razões finais, sob pena de multa. Transcorrido o prazo sem a devida manifestação, ordenou que Wellington contrate outro advogado. Somente após a apresentação das razões finais por todas as partes é que a juíza irá decidir se submeterá Welligton ao Tribunal do Júri – conforme pretendido pelo Ministério Público.

Na mesma ordem, a juíza reavaliou a prisão preventiva de Wellington e constatou que não há razões para conceder-lhe a liberdade provisória, uma vez que ainda presentes os motivos ensejadores, quais sejam a garantia da ordem pública e do regular andamento da instrução.

Em julho de 2024, o Ministério Público pediu que Wellington Honorato dos Santos, 32 anos, fosse submetido ao Tribunal do Júri pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver cometidos contra sua então companheira, Bruna de Oliveira, 24. Após executá-la, Wellington arrastou seu corpo, amarrado em uma moto, por cerca de três quadras até uma região de mata de Sinop (500 km de Cuiabá). Bruna foi assassinada no dia 2 de junho.

Wellington foi denunciado por homicídio qualificado com motivo fútil e ocultação de cadáver. No pedido de submissão ao júri também há requerimento para que ele seja condenado a pagar indenização aos familiares de Bruna.

Conforme a versão do investigado, tudo começou na noite anterior ao crime quando Bruna, ele e uma terceira pessoa se encontraram em um bar. Depois de lá, eles foram pra casa de Wellington para manter relações sexuais.

Welligton confessou que matou Bruna após uma briga por entorpecentes. Ele foi preso no fim da tarde do dia 3 em Nova Maringá (400 km de Cuiabá) ao ser encontrado em uma residência, um dia após o assassinato.

Na delegacia, ele explicou como executou sua companheira. Ele estava cheirando cocaína e bebendo álcool com Bruna, mas eles acabaram discutindo. Neste momento, ele “voou” no pescoço dela, a jogou no chão e bateu sua cabeça até ela desfalecer.
 
Após matá-la, segundo a delegada Renata Evangelista, da Delegacia de Mulher de Sinop, Wellington começou a pensar em maneiras de se livrar do corpo, e concluiu que poderia prender o cadáver dela na sua moto. Um vídeo chegou a registrar ela sendo arrastada amarrada na motocicleta.

Com o crime executado, ele entendeu que teria que tirar o corpo dali. Ele teve a ideia de pegar uma corda que ele tinha usado em um isopor e utilizado no pescoço da vítima. Ele amarrou a corda no pescoço de Bruna e saiu arrastando seu cadáver com intuito de ocultá-lo, o que não funcionou. Câmeras registraram o intento covarde e bárbaro.
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