O juiz Moacir Rogério Tortato marcou o julgamento do mecânico Fábio José da Silva, responsável por assassinar o eletricista Rick Nilson da Silva Almeida com nove golpes de canivete em seu abdômen, durante o casamento de seu irmão, Alex Silva, ocorrido em 2021, em Cuiabá. O Tribunal do Júri foi designado para o dia 15 de julho. Decisão é da última quinta-feira (5).
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Durante o casório ocorrido no Clube Social Recanto Chora Neném, em 10 de janeiro daquele ano, uma discussão por motivos fúteis terminou no assassinato. Tudo começou porque Ricardo Henrique Martins Lobo estava importunando a irmã de Rodrigo Martins da Silva.
Testemunhas relataram que Ricardo tentou, insistentemente, tirar moça para dançar, e, diante da recusa, passou a perturbá-la, encará-la e ofendê-la. Rodrigo, acompanhado de seu primo, a vítima Rick, interveio para pedir que Ricardo parasse. Neste momento, Ricardo e Edivaldo Martins de Souza passaram a discutir calorosamente e foram separados.
Na sequência, já com a briga armada, o noivo Alex agrediu Rodrigo com um soco no rosto e uma "gravata". Enquanto Alex imobilizava, seu irmão, Fábio José, sacou um canivete e se dirigiu a Rodrigo. Rick Nilson, na tentativa de proteger o primo Rodrigo, jogou uma cadeira nas costas de Fábio, que, imediatamente, sacou o canivete e se dirigiu a ele, que estava sendo segurado por Edivaldo. Neste momento, Fábio desferiu as nove facadas que causaram a morte de Rick.
O Ministério Público destacou que o crime de homicídio foi motivado por briga fútil e cometido com recurso que dificultou a defesa da vítima, pois Edivaldo segurava Rick enquanto Fabio o golpeava. Além disso, Ricardo, ao ser ouvido no inquérito policial, afirmou falsamente que não perturbou a moça e que foi embora com Edivaldo, o que foi contradito por todas as testemunhas que relataram a importunação e a participação de Edivaldo segurando Rick.
A denúncia foi recebida em 04 de abril de 2022 e, após a primeira fase da instrução, Fábio foi pronunciado nos termos da denúncia, ou seja, por homicídio qualificado.
Edivaldo foi impronunciado. A punibilidade de Alex foi extinta devido à decadência do direito de representação da vítima Rodrigo. Ricardo celebrou acordo de não persecução penal.
Com o trânsito em julgado da sentença de pronúncia de Fábio, em abril de 2025, o juiz então designou o Tribunal do Júri para o dia 15 de julho de 2025.
