A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso, Gisela Cardoso, comemorou a conclusão do inquérito sobre a morte do advogado Renato Nery e a prisão dos supostos mandantes do crime. Nery foi morto a tiros na frente do escritório dele, em Cuiabá, no ano passado, devido a uma disputa de terras.
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Os empresários Julinere Goulart Bastos e César Jorge Secchi foram presos pela Polícia Civil, acusados de serem os mandantes do crime. A conduta dos dois será apurada em inquérito complementar.
"Era a resposta que estávamos todos pedindo desde aquele fatídico dia. Agora a polícia entrega, conclui o inquérito, mas nós precisamos aguardar o encerramento do processo. Então, o que nós esperamos agora é que esses acusados possam responder ao processo e que haja, efetivamente, uma conclusão do caso e que, identificados os culpados, recebam a devida punição conforme estabelece a legislação", disse a presidente.
De acordo com as apurações, o policial militar Heron Teixeira foi o intermediário contratado para fazer o “serviço”. Ele conseguiu a arma de fogo usada no assassinato e foi quem repassou a arma para o caseiro da chácara, que pilotou a motocicleta Honda Fan até o local do crime e efetuou os disparos que atingiram o advogado.
Segundo o delegado da Polícia Civil, Bruno Abreu, a morte do advogado foi encomendada pelo valor de R$ 200 mil em meio a disputas de terra. Heron e Alex foram indiciados e vão responder pelos crimes de homicídio qualificado pela promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
"Então, a OAB esteve, desde o primeiro momento, cobrando incisivamente as autoridades. A Polícia Civil sempre nos dando um retorno, sempre nos colocando a par, sempre dizendo que estavam no caminho e nós sempre acreditamos que, sim, seria desvendado. Então, estamos aí com o inquérito concluído e vamos acompanhar até o fim, até a punição dos culpados por esse crime bárbaro que chocou a advocacia e a sociedade mato-grossense", ressaltou.