O ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou pedido de liberdade formulado por Elzyo Jardel Xavier Pires, alvo da Operação Ragnatela que se encontra detido. O pedido buscava reverter uma decisão liminar anterior do próprio Ministro que havia indeferido uma solicitação de liberdade. Decisão consta no Diário de Justiça desta quinta-feira (15).

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A operação Ragnatela investiga grupo ligado ao Comando Vermelho que teria adquirido uma casa noturna em Cuiabá, pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas. A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeado pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promotores de eventos.
 
Elzyo Jardel Xavier Pires argumentou em seu pedido de tutela provisória a existência de uma "contradição insustentável na fundamentação das informações prestadas pelo Juízo da 7ª Vara Criminal de Cuiabá-MT". Ele pontuou que o pagamento de um imóvel investigado não foi realizado por ele, contrariando o afirmado.
 
A defesa também alegou que os autos do processo "demonstram cabalmente que ele apenas recebeu valores para serviços lícitos de organização de eventos", os quais foram declarados em seu Imposto de Renda e estão comprovados por contratos e testemunhas. Foi reafirmado, ainda, o excesso de prazo na instrução do feito. Diante desses argumentos, a defesa pugnou pela colocação do réu em liberdade.
 
Ao analisar o pedido, o ministro Ribeiro Dantas decidiu indeferir a tutela provisória. Ele considerou que as razões apresentadas não foram suficientes para infirmar os fundamentos lançados na decisão liminar anterior. Segundo o ministro, a adequada instrução do feito é necessária a fim de que se possa concluir, ou não, pela manifesta ilegalidade na prisão preventiva.