Olhar Jurídico

Sexta-feira, 16 de maio de 2025

Notícias | Criminal

LAVOU R$ 65 MLHÕES

Homem de confiança de 'Sandro Louco' e condenado a 50 anos: tesoureiro do CV, Paulo Witer mantido preso

Foto: Reprodução

Homem de confiança de 'Sandro Louco' e condenado a 50 anos: tesoureiro do CV, Paulo Witer mantido preso
A juíza Alethea Assunção Santos manteve a prisão de Paulo Witer Farias, o WT, no âmbito da Operação Apito Final, deflagrada contra esquema que lavou R$ 65 milhões via aquisição de imóveis e veículos. Para mantê-lo encarcerado, a magistrada considerou sua posição de tesoureiro-geral da facção em Mato Grosso, histórico de condenações e proximidade com o líder máximo da organização, Sandro Silva Rabelo, o “Sandro Louco”.


Leia mais: Moraes mantém tornozeleira em empresária que organizou manifestações golpistas e bloqueou rodovias por Bolsonaro

Em ordem proferida nesta quarta-feira (7), Alethea revisou as condições da prisão de WT e decidiu mantê-la por não vislumbrar nos autos motivos novos que pudessem mudar o entendimento anteriormente decretado.

WT, ou “Fiel Coroa”, ajuizou à 7ª Vara Criminal de Cuiabá um pedido de substituição da sua prisão preventiva por medidas cautelares. A defesa argumenta que a liberdade provisória foi concedida a outros réus, e que medidas como instalação tornozeleira eletrônica seriam suficientes. Contudo, Alethea indeferiu o pedido anotando prontamente que a situação processual de WT se difere dos demais, sobretudo pela sua posição de liderança do Comando Vermelho.

Apesar das argumentações defensivas, a magistrada anotou que WT é homem de confiança de Sandro Louco, líder supremo no estado. Sua fidelidade ao grupo lhe rendeu, além do apelido de “Fiel Coroa”, ascensão na hierarquia da facção após sua primeira soltura, sendo nomeado ao cargo de tesoureiro/contador geral e responsável por toda contabilidade de organização.

WT também se difere dos demais acusados pela sua influência, resultado da sua posição hierárquica. Segundo a magistrada, isso decorre da sua associação ao tráfico de drogas na grande Morada da Serra, região da capital, e vários outros bairros, inclusive no Jardim Florianópolis, onde, de acordo com relatório policial, é tido como um ídolo aos jovens do bairro, que até organizaram uma queima de fogos quando de sua liberdade da Penitenciária Central do Estado (PCE).

Foi destacado ainda o fato de que WT ostenta seis condenações ativas por roubo, lavagem de capitais e organização criminosa que, somadas, ultrapassa 50 anos.

Não bastasse, a juíza ainda destacou a insuficiência da tornozeleira como medida alternativa à prisão. Isso porque WT estava cumprindo pena no regime semiaberto quando foi preso pela Apito Final.

Os agentes o detiveram logo após desfrutar das comemorações da virada do ano na Cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Após, viajou para o Rio de Janeiro/RJ e, em seguida, para Maceió/AL, onde foi preso, na data de 29 de março de 2024. Os fatos ocorreram enquanto o réu deveria fazer uso de monitoramento eletrônico que, embora sua localização mostrasse que estava em Cuiabá, ele se encontrava a mais de 2 mil km de distância.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet