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Sexta-feira, 16 de maio de 2025

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PRESO PREVENTIVAMENTE

Médico que assassinou namorada com tiro na cabeça ficará detido em Peixoto de Azevedo

Foto: Reprodução

Médico que assassinou namorada com tiro na cabeça ficará detido em Peixoto de Azevedo
O médico Bruno Tomiello, que confessou ter executado sua própria namorada, a adolescente Ketlhyn Vitória de Souza, de 15 anos, supostamente com um tiro acidental na cabeça, ficará preso na Cadeia Pública de Peixoto de Azevedo, cerca de 40 quilômetros de Guarantã do Norte, onde aconteceu no crime na madrugada do último sábado (3).


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Nesta segunda-feira (5), então, o delegado Waner dos Santos Neves deu cumprimento a ordem de prisão preventiva proferida pelo juiz Guilherme Carlos Kotovicz, o qual destacou a brutalidade do crime cometido, o risco de fuga de Bruno e o seu histórico de comportamento agressivo, o qual ostenta medida protetiva solicitada por uma ex-companheira.

Logo após cometer o crime, Bruno levou Ketlhyn ao hospital. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu ainda na unidade. A tentativa de reanimação durou cerca de 40 minutos e o namorado acompanhou todo procedimento.

Ao perceber o óbito, em um impulso emocional, ele tentou danificar alguns móveis, como janela e porta. Depois, ele deixou a unidade e fugiu, tendo se entregado somente nesta segunda-feira (5), quando o juiz Guilherme Carlos Kotovicz determinou sua prisão preventiva e expediu mandado para o cumprimento.

Na ordem de prisão, o magistrado examinou recurso movido pelo Ministério Público contra decisão que havia indeferido pedido de prisão temporária contra o médico. Para decidir enclausurar Bruno, o juiz considerou a urgência e a gravidade dos fatos, notadamente a ocorrência de homicídio praticado com arma de fogo em contexto de violência doméstica e o estado de fuga do investigado.

Guilherme Carlos Kotovicz também justificou a medida diante da necessidade de resposta judicial célere para garantir a ordem pública e resguardar a eficácia da tramitação do processo.

“A prisão temporária foi indeferida pelo Juiz Plantonista, com base na ausência de elementos que comprovassem sua imprescindibilidade para as investigações. De fato, é preciso deixar claro: não se trata aqui de hipótese que justifique a prisão temporária, cujo escopo é restrito à viabilização de diligências investigativas urgentes e específicas. O que se impõe, diante da brutalidade dos fatos e da conduta do representado, é a decretação da prisão preventiva”, ressaltou.

Não bastasse a gravidade do crime, cometido contra adolescente de 15 anos, o magistrado verificou que Bruno ostenta medida protetiva de urgência a seu desfavor, solicitada por uma ex-companheira, o que evidenciaria que ele é contumaz na prática de ações violentas em relações íntimas, demonstrando claro risco de reiteração delitiva.

A fuga do médico também foi considerada: para o magistrado, o fato de ele ter fugido da Justiça após levar a adolescente no hospital revela conduta incompatível com quem tem a intenção de colaborar com a apuração dos fatos.
 
Acompanhado de seu advogado, Bruno depôs por cerca de uma hora e, na ocasião, alegou que estava no carro com a vítima, voltando para casa, após terem saído para se divertir. Também informou que ambos estavam embriagados. Em dado momento, a adolescente pediu para dirigir e foi para o colo dele. Nesse momento, ele pegou a arma, dizendo acreditar estar desmuniciada, quando houve o disparo.

Por fim, o delegado indagou o suspeito sobre a arma. O médico resistiu em informar em um primeiro momento, mas indicou e acompanhou os policiais até o local onde a descartou embaixo de uma ponte, ainda na cidade de Guarantã do Norte, sentido o Estado do Pará.

“Ele apresentou suas alegações e acabou confessando ter feito o disparo que tirou a vida da vítima”, salientou Waner.
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