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Sexta-feira, 16 de maio de 2025

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44 ANOS NO REGIME FECHADO

Condenado por estupro, padre comprova trabalho fora da prisão e tem 32 dias de pena perdoados

Foto: Reprodução

Condenado por estupro, padre comprova trabalho fora da prisão e tem 32 dias de pena perdoados
Trabalhando extramuros para uma empresa de pré-moldados, em Sorriso, o Padre Nelson Koch teve 32 dias da sua pena perdoados pelo juiz Rafael Depra Panichella, em razão dos mais de três meses de serviços que prestou. Condenado no regime fehcado, Nelson ainda tem pouco mais de 44 anos para cumprir pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual contra três adolescentes que frequentavam a paróquia que ele atuava.


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Em novembro do ano passado, o magistrado havia determinado que o Centro de Ressocialização de Sorriso, onde Koch está detido, promovesse a autorização para que ele pudesse trabalhar fora da prisão – o que ocorreu. Consequentemente, o padre ajuizou pedido de remissão da pena, concedido por Panichella ao verificar que ele trabalhou por 96 dias.

“Assim, consoante tabela acima, o reeducando trabalhou 96 dias, os quais devem ser remidos na proporção de um terço. Logo, o reeducando faz jus à remição de 32 dias de pena, pelo trabalho. Logo, a remição alcança o patamar de 32 dias. Assim, declaro remidos 32 dias”, decidiu o magistrado na última sexta-feira (18).

No final de janeiro de 2024, Panichella havia negado pedido de Koch para atuar extramuros. Em acórdão publicado no dia 22 de outubro, então, os desembargadores da Terceira Câmara Criminal seguiram o voto do relator, Luiz Ferreira da Silva e beneficiaram o padre com a possibilidade de laborar fora da prisão.

Para isso, Koch deve respeitar as seguintes condições: monitoramento eletrônico e acompanhamento físico permanente ou por rondas periódicas de policiais penais no local em que prestará seus serviços, acompanhamento por fiscais dos contratos dos tomadores de serviços, devidamente identificados nos termos de intermediação/cooperação firmados pela Fundação Nova Chance.

Em setembro de 2022, ele foi condenado por abusar dos frequentadores da paróquia que atuava. Uma das vítimas seria um menino abusado por ele desde os seus sete anos e de um adolescente desde os 13.

De acordo com o delegado Pablo Bonifácio Carneiro, responsável pelo caso, a mãe de uma vítima procurou o plantão da Polícia Civil e declarou que seu filho, de 15 anos, trabalhava na igreja liderada pelo religioso e teria sofrido abusos sexuais praticados em diferentes períodos.

Outro adolescente, de 17 anos, também ouvido pela Polícia Civil, confirmou que o religioso teria, por pelo menos três anos, sem a sua anuência, praticado ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia, caracterizando o crime previsto no artigo 215-A do Código Penal.

Preso na Ferrugem, Koch ainda deve cumprir 44 anos, dez meses e 12 dias. Diante da remissão, esse período será recalculado com menos 32 dias.
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