O Grupo Safras, do ex-prefeito de Sorriso Dilceu Rossato, se prepara para pedir Recuperação Judicial para tentar renegociar R$ 2 bilhões em dívidas. Após diversas tentativas para não ter que acionar o socorro judicial, Rossato e Pedro Moraes Filho, o outro controlador da cerealista, não conseguiram chegar a um acordo com os credores e não houve outra saída. A informação é do The AgriBiz.
Leia mais:
Justiça manda empresa de ex-prefeito pagar R$ 7 milhões após calote na compra 58 mil sacas de soja
Alvo de cobranças milionárias, conglomerado de ex-prefeito desmente pedido de recuperação judicial
Como o Olhar Jurídico já vinha informando, o grupo vem enfrentando ações de execução por parte dos credores há anos, o que se intensificou no ano passado, chegando a ser inclusive acusado de calote, o que culminou em ordens de penhora sobre milhares de sacas de soja e milhões de reais do patrimônio da armazenadora de grãos.
Conforme o portal The AgriBiz, o grupo sequer sabe o tamanho do problema, que, possivelmente, ficou pior ainda com a integração com a Copagri – classificada como “caótica com problemas no sistema de gestão que dificultaram o controle do balanço e, no fim do dia, da gestão do caixa”.
O maior crédito é da paraense Flowinvest, com R$ 300 milhões, seguida pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, somado a passivo no mercado de capitais. Conforme o portal, diante do rombo, os credores deverão aceitar renegociar com até 50% de desconto, já que os ativos do grupo valem R$ 1 bilhão, ao passo que o total das dívidas seria R$ 2 bi.
Um dia após o Olhar Jurídico divulgar levantamento sobre 17 ações de execução contra o Grupo Safras, dentre as quais resultaram em mais de R$ 30 milhões em dívidas e toneladas de grãos penhorados para satisfazer as obrigações, o ex-prefeito Dilceu Rossato negou veementemente qualquer possibilidade de requerer a Recuperação Judicial.