Procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Rodrigo Fonseca voltou a defender, nesta sexta-feira (7), que instalar câmeras em uniformes de policiais militares não deve ser prioridade. O assunto ressurge um dia após a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), deflagrar a Operação Office Crimes - A Outra Face, que apura o homicídio do advogado Renato Gomes Nery. Quatro policiais foram presos e um está foragido.
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“Eu acho que a gente tem que monitorar as ruas. A partir da hora que a gente monitora as ruas, a gente monitora não só a polícia, como também os infratores. Se você tem monitoramento nas ruas, todo policial está na rua. Esse crime que nós estamos falando foi praticado na rua. Fugiu pela rua. Então eu acho que o primeiro passo, na minha visão da segurança pública, é a gente monitorar as ruas”.
Dos alvos com a prisão decretada, cinco (quatro militares e o executor) foram presos e um militar encontra-se foragido. As buscas foram cumpridas em uma chácara de uso dos investigados situada no bairro Capão Grande, em Várzea Grande, e no Batalhão de Ronda Ostensiva Tático Metropolitana, no bairro Dom Aquino, em Cuiabá.
Renato Nery morreu aos 72 anos, atingido por disparos de arma de fogo no dia 5 de julho do ano passado, na frente de seu escritório, na capital. O advogado foi socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas foi a óbito horas após o procedimento médico.
Desde a ocorrência do homicídio, a DHPP realizou inúmeras diligências investigativas, com levantamentos técnicos e periciais, a fim de esclarecer a execução do profissional. As investigações da DHPP apontam a disputa de terra como a motivação para o homicídio de Renato Nery.