Governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (UNIÃO) afirmou nesta sexta-feira (21) que a tentativa do deputado federal Emanuelzinho (MDB), de barrar candidatura do ex-procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz, ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), é uma bobagem. Na opinião do chefe do Executivo, Emanuelzinho, que é filho do ex-prefeito de capital, Emanuel Pinheiro, deveria ter vergonha do ato.

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“Isso é uma bobagem, mais uma bobagem de quem sempre aprontou na vida pública, foi à prefeitura de Cuiabá. Saiu de lá deixando a prefeitura quebrada, como deixou, endividada, cheia de problema, com dívida para tudo quanto é lado. Cuiabá passou por um verdadeiro tsunami. Deputado Emanuelzinho devia ter vergonha de fazer um negócio desse contra um homem público tão ilibado como o nosso ex-procurador-geral, tentando impedir. Mas isso aí, eficácia seguramente será zero".
 
Emanuelzinho acionou o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), no dia 18 de fevereiro, pedindo que seja concedida liminar para barrar a participação de Deosdete na lista sêxtupla do MPE referente ao quinto constitucional na vaga de desembargador. No mérito, o deputado federal requer condenação para proibir o membro do MP de participar da lista. O Parlamentar vem denunciado o ex-chefe do MP, desde 2023, sob acusação de que Deosdete atuou em benefício do Poder Executivo. 
 
Quatro promotores de Justiça se inscreveram para compor a lista sêxtupla a ser encaminhada pelo Ministério Público de Mato Grosso ao Poder Judiciário para concorrer ao cargo de desembargador pelo quinto constitucional do MP, em decorrência da vaga aberta com a aposentadoria do desembargador Guiomar Teodoro Borges.

A lista dos inscritos foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPMT de quarta-feira (19). Inscreveram-se os promotores de Justiça Deosdete Cruz, Marcelo Caetano Vacchiano, Marcelo Lucindo Araújo e Milton Pereira Merquiades.
 
Concluída a votação no Conselho Superior do MP, a lista será encaminhada ao Tribunal de Justiça, que definirá, por meio dos votos dos seus integrantes, os três nomes oriundos do Ministério Público que serão submetidos à escolha do governador do Estado, Mauro Mendes.
 
Podem concorrer ao cargo de desembargador os membros do Ministério Público em atividade, com mais de 35 anos de idade e pelo menos 10 anos de carreira na instituição. Cada integrante do Conselho Superior do Ministério Público pode votar em até seis candidatos.