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Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

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ACUSADA DE CALOTE EM FORMATURAS

Médica aciona Imagem Eventos na Justiça pedindo penhora de R$ 34 mil e indenização

Foto: Reprodução / Ilustração

Médica aciona Imagem Eventos na Justiça pedindo penhora de R$ 34 mil e indenização
Mais uma formanda em medicina entrou na Justiça pedindo o bloqueio de valores nas contas da Imagem Eventos, empresa acusada de calote milionário por formandos de diversos cursos, como Nutrição, Direito, Psicologia e Enfermagem, das Universidades de Cuiabá e Univag.


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Natural de Terra Nova do Norte, a hoje médica, vinda da 36ª Turma de Medicina da Unic, alegou ao 2º Juizado Cível de Cuiabá que, desde 2021, arcou com todas as parcelas junto à Imagem Eventos para a realização da formatura, totalizando R$ 19.5 mil se contados os R$ 800 cobrados pela empresa para o serviço de sessão de fotos.

O contrato tinha como objeto a realização dos eventos de encerramento e conclusão do curso e a requerente efetuou todos os pagamentos regularmente até a data da ação. Porém, como já amplamente divulgado, a Imagem Eventos apareceu na sexta-feira (31) informando que não realizaria diversos bailes em razão de sérias dificuldades financeiras que enfrenta.

A empresa declarou que, apesar dos esforços, não conseguiu viabilizar a continuidade das atividades e a realização dos eventos contratados, também enfatizando que havia protocolado um pedido de recuperação judicial um dia antes (30), sem, contudo, apresentar qualquer previsão de reembolso ou cumprimento das obrigações contratuais aos estudantes lesados.

O encerramento abrupto tem causado prejuízos a mais de 100 estudantes que, até esta segunda-feira (3), já haviam registrados mais de cem boletins de ocorrência contra a companhia.

Para requerer o bloqueio, bem como restituição dos valores pagos e indenização, a médica sustentou que a conduta da empresa apresenta indícios de fraude, por estelionato, já que pouco antes da divulgação do comunicado da recuperação judicial, representantes da Imagem Eventos incentivaram, via promoções, os estudantes a realizarem pagamentos antecipados. Por exemplo, ela pagou aqueles R$ 800 para serviço de fotos no dia 29 de janeiro. Formandos do curso de direito também informaram a justiça sobre essa “promoção”.

A requerente registrou um Boletim de Ocorrência (BO) narrando os fatos, mencionando que a empresa declarou falência e cancelou as formaturas sem aviso prévio, causando prejuízos financeiros aos formandos. Também foi registrada a suspeita de estelionato e má-fé por parte da empresa.

Nesta segunda-feira (3), o pedido de recuperação judicial feito pela empresa foi extinto pela 1ª Vara Cível da Comarca de Cuiabá/MT. O juízo competente identificou contradições no pedido da empresa, especialmente no tocante ao cancelamento repentino dos eventos, ausência de documentação adequada e provas que pudessem atestar sua capacidade de soerguimento. A decisão judicial apontou a ausência dos requisitos essenciais para o processamento da recuperação.

Diante da situação, a formanda buscou o Poder Judiciário para garantir seus direitos, em razão dos indícios de fraude e descumprimento do contrato, que lhe causaram prejuízos materiais e morais.

Ela pediu a penhora de R$ 34.574,76 nas contas da Imagem Eventos como forma de impedir que a empresa se desfaça ou “desapareça” com esse montante. Que seja declarada totalmente procedente a ação para declarar a rescisão contratual, determinar a devolução dos valores comprovadamente pagos pela requerente, na quantia de R$ 19.574,76, bem como condenar a companhia e ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 15.000,00.
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