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Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

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OPERAÇÃO RESSARCIRE

Grupo responsável por causar prejuízos de R$ 390 mil via golpes da OLX é condenado a 21 anos

Foto: Reprodução

Grupo responsável por causar prejuízos de R$ 390 mil via golpes da OLX é condenado a 21 anos
Quatro alvos da Operação Ressarcire, deflagrada contra organização criminosa especializada na prática de crimes de estelionato via “golpes da OLX”, foram condenados a penas que, somadas, chegam aos 21 anos de reclusão. Em sentença proferida nesta quinta-feira (16), o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal, sentenciou o quarteto incluindo o líder do grupo, Lori Gasparini, que recebeu 7 anos no regime fechado, maior pena dentre eles.


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Acusado de liderar o grupo, Gasparini pegou 7 anos e quatro meses de reclusão no regime fechado, pelo crime de organização criminosa. Além disso, o juiz alienou, antecipadamente, um Motor Home Volare, uma caminhonete Fiat Toro e uma moto BMW.

Também foram sentenciados Lauany Mirelly Ribas Moura, a 4 anos (semiaberto), Geldeir de Negro Cintra, a cinco anos (fechado), e Valdenir Bueno a cinco anos (fechado). Todos eles receberam as penas referente ao crime de organização criminosa e, inclusive Gasparini, poderão recorrer em liberdade.

Em relação ao crime de estelionato, o juiz anotou que o Ministério Público não anexou no processo provas robustas e, por isso, absolveu o grupo deste delito. Jean anotou que, embora a caracterização de integrar organização criminosa com fim de estelionato, a condenação por isso dependeria de demonstração nítidas de que cada um dos acusados concorreu para este crime de maneira individual, “não sendo possível a extensão genérica do delito a todos os réus”.
 
O Ministério Público apresentou denúncia formal contra o grupo por fraudes financeiras por meio do chamado “Golpe do OLX”. O esquema, que teria gerado prejuízos de R$ 390 mil, envolvia a manipulação de anúncios online para enganar compradores e vendedores de veículos.

Conforme descrito na denúncia, o golpe seguia um roteiro elaborado, dividido em sete etapas: aquisição de chips telefônicos com DDD da região alvo, uso de aplicativos para criação de anúncios falsos, contato com vendedores legítimos, manipulação de dados obtidos, criação de anúncios falsos e venda de veículos inexistentes. O pagamento das vítimas era direcionado a contas bancárias controladas pelo grupo, e comprovantes falsificados eram usados para enganar os vendedores originais.

A investigação revelou a existência de uma estrutura hierárquica. No topo, estavam Lori Gasparini, seguido por Lauany Mirelly Ribas Moura, Valdenir Bueno, Geldeir de Negro Cintra e Odailson de Fernando. O grupo, segundo o órgão ministerial, coordenava as operações, cooptava novos membros e era responsável pela gestão financeira, incluindo lavagem de dinheiro.

Lori Gasparini, apontado como líder máximo, gerenciava as ações do grupo mesmo enquanto estava recluso no Centro de Ressocialização de Cuiabá. Ele teria orquestrado as fraudes, definido as funções de cada integrante e recebido diretamente os lucros. Sua esposa, Lauany Mirelly, atuava como braço direito fora do presídio, gerenciando atividades externas, recrutando colaboradores e realizando a contabilidade dos recursos.

Valdenir Bueno, também denunciado, teria representado a organização em Santa Catarina, utilizando contas bancárias da região para movimentar os valores ilícitos. Odailson de Fernando, por sua vez, era responsável por cooptar “correntistas-integrantes” e realizar saques. Já Geldeir de Negro Cintra administrava a criação de anúncios falsos e a compra de chips telefônicos usados nas fraudes.
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